O pai que confessou ter matado a filha de 2 anos com tiros de espingarda prestou depoimento na manhã dessa segunda-feira (23) à polícia e disse que cometeu o crime depois de ouvir da ex-mulher que a criança não era filha dele.
“Essa peste tá infernizando minha vida, disse que a menina não é filha minha. Eu sei lá [o que motivou o crime], deu uma doidice na minha cabeça”, disse aos policiais, fazendo referência à mãe da criança, de quem está separado há cerca de dois meses. O crime aconteceu na tarde do domingo (22) na cidade de São Bentinho, Sertão da Paraíba.
Os policiais tomaram o depoimento no Hospital Regional de Pombal, onde o homem de 34 anos está internado. Ele atirou em si mesmo após matar a filha, mas não corre risco de morrer.
O crime
Segundo informações levantadas pela polícia, o homem estava embriagado quando atirou com uma espingarda na criança, que dormia em uma rede.
A menina chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Infantil Noaldo Leite, em Patos, onde foi conduzida para o centro cirúrgico. Porém, a criança não resistiu aos ferimentos e morreu.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Patos e já foi liberado pela família.
Testemunha
Uma testemunha que conversou com a TV Paraíba, mas não quis ser identificada, disse que acompanhou parte da discussão do homem com a ex-esposa ao telefone, minutos antes do crime. Ela disse que, depois da conversa, ele começou a chorar.
Segundo essa mesma testemunha, enquanto o homem conversava com a mãe da criança, uma vizinha pegou a menina, deu banho e mamadeira e a colocou pra dormir. “Depois de uma meia hora mais ou menos aconteceu o fato”, afirma.
Segundo a polícia, o homem já tinha passagem por agressão à ex-esposa e agora vai ser indicado por homicídio.
De acordo com o delegado Aroldo Queirosa, ele vai ser transferido para Campina Grande para tratamento médico devido à lesão do tiro que deu em si mesmo. “Ele vai ser transferido e ficar sob custódia até ter alta. Em seguida, será conduzido à cadeia pública da comarca, onde vai deverá ficar à disposição da justiça”, disse o delegado.
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