Os pequenos e médio empresários vão começar 2019 mais otimistas com a economia brasileira. A confiança para o primeiro trimestre subiu a 72,12 pontos, uma alta de 6,39% na comparação com o último levantamento, segundo o Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) divulgado nesta quinta-feira (20).
O levantamento, conduzido pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper e pelo banco Santander, também registrou o melhor resultado da série histórica, iniciada em 2009.
"Esse resultado revela a combinação de duas coisas: o fim da incerteza eleitoral e os sinais de uma postura mais pró-mercado do novo governo", afirma o professor do Insper e pesquisador responsável pelo levantamento, Gino Olivares.
"A transição também tem se realizado de forma muito tranquila na área econômica, não há uma descontinuidade de políticas. Todos esses fatores ajudam na percepção dos empresários", diz o pesquisador.
Entre os empresários, a principal expectativa com o governo de Jair Bolsonaro é de ocorra a continuidade da agenda de reformas, sobretudo na área fiscal, a partir de 2019. O acerto das contas públicas é considerado fundamental para que os investidores mantenham a confiança na economia brasileira.
Em recortes detalhados, a pesquisa também captou melhora na confiança em todos os setores da economia e todas as regiões.
Entre os setores, a confiança é praticamente a mesma:
Por regiões, também há pouca diferença no índice:
"A melhora da confiança foi bastante homogênea. Não é um fenômeno vinculado a apenas um setor ou região. O país está com uma visão mais construtivista para 2019", afirma Olivares.
Câmbio
Com o otimismo renovado, a maior parte dos pequenos e médios empresários espera um fortalecimento do real ante o dólar. Segundo a pesquisa, 35,81% apostam numa forte valorização da moeda brasileira e 30,56% em uma leve valorização.
"O câmbio funciona como uma espécie de termômetro. Se o empresário fica otimista em relação ao que vai ocorrer com a economia brasileira, ele espera uma valorização do real", diz Olivares.
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas telefônicas com 1333 pequenos e médios empresários de todo o país.
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