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PF faz operação contra contrabando de agrotóxicos e cigarros em MS e quatro Estados

Operação foi desencadeada na manhã desta quinta-feira em MS e quatro Estados - Crédito: Divulgação/PF Operação foi desencadeada na manhã desta quinta-feira em MS e quatro Estados - Crédito: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (20/10), a Operação Terra Envenenada, com o objetivo de desarticular organização criminosa que vinha atuando na importação, transporte e comercialização de cigarros e agrotóxicos contrabandeados em todo país.

As ações ocorrem em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul Paraná, Tocantins e Bahia.

Foram mobilizados cerca de 200 policiais federais para o cumprimento de 58 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra (PR). São 34 de busca e apreensão e 24 de prisão preventiva. 

Os alvos estão nas cidades de Mundo Novo, além de Terra Roxa, Umuarama, Amaporã, Alto Piquiri, Iporã, Jardim Alegre e Campo Mourão, todos no Paraná, Nova Prata (RS), Palmas (TO) e Luís Eduardo Magalhães (BA)

A investigação durou aproximadamente sete meses, tendo a Polícia Federal conseguido identificar que um número expressivo de carregamentos de cigarros e agrotóxicos ilegalmente importados estavam vinculados com as atividades da organização.

Em síntese, o grupo se dividia em três camadas: a primeira, baseada em Terra Roxa, onde residiam os principais líderes e integrantes operacionais, responsáveis por trazer para o Brasil o agrotóxico, pelo Rio Paraná, e armazená-los em chácaras e sítios da região; a segunda, composta por intermediários, sediados em municípios um pouco mais afastados da fronteira e com a incumbência de prospectar a demanda e promover o transporte e segurança das mercadorias; e, por fim, uma terceira camada, composta basicamente por empresas agropecuárias, que adquiriam os defensivos dos contrabandistas para revenda.

Além de a organização criminosa efetuar a distribuição dos produtos ilícitos no oeste do Paraná, também foram identificados grandes carregamentos dos produtos contrabandeados sendo entregues a empresários nos estados da Bahia, Tocantins, Maranhão e Minas Gerais.

As atividades delituosas promoveram forte enriquecimento dos integrantes, permitindo a compra de imóveis, automóveis, dentre outros bens de alto valor. Além dos mandados de busca e de prisão preventiva, a operação tem como objetivo descapitalizar a organização criminosa, tendo sido determinado o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a 36 investigados, bem como o bloqueio de contas em nome das pessoas físicas e jurídicas vinculadas, em especial dos líderes.

Os envolvidos deverão responder pela prática de contrabando, comércio e transporte de agrotóxicos em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente e participação em organização criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 16 anos de prisão.

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