O plantio da soja para safra 2021/2022 deve ser concluído na próxima semana em Mato Grosso do Sul e as condições climáticas favoráveis motivam melhora nas expectativas produtivas, conforme o mais recente boletim Casa Rural do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio).
A publicação elaborada a partir de análise de campo feita na primeira semana do mês de novembro apurou que até sexta-feira (5) foram semeados aproximadamente 3,436 milhões de hectares, equivalente a 91,0% da área estimada para a oleaginosa neste ciclo, de 3,776 milhões de hectares.
Publicado por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja, o documento mantém as projeções de produtividade média de 56,38 sacas por hectare e produção de 12,773 milhões de toneladas.
Além de pontuar que o ritmo acelerado do plantio antecipou em uma semana a expectativa de encerramento, passando de 26 para 19 de novembro, o boletim Casa Rural assinala que a volta do período chuvoso aponta melhores potenciais para a safra, embora a expectativa ainda seja de que a produção fique na média dos 5 anos recentes, “devido a cultura não estar em pleno desenvolvimento fenológico no estado”.
Quanto ao preço médio da saca de 60 quilos de soja, de R$ 145,25, a desvalorização de 8,65% entre 01 a 8 de novembro é creditada ao “movimento de retração registrado no mercado internacional”. “Ao mesmo tempo em que o dólar desvaloriza 1,88% frente ao real, de 01 para 08/11”, detalha a publicação.
No comparativo com igual período de 2020, a queda é de 8,36%, porque o agronegócio sul-mato-grossense negociava a oleaginosa a R$ 165,52 e passou a R$ 151,68.
“Esse valor não significa que o produtor esteja realizando negociações neste preço, tendo em vista que a safra 2020/2021 falta pouco para ser comercializada e a nova safra registra comercialização gradativa”, pontua o boletim Casa Rural.
Por fim, menciona levantamento realizado pela Granos Corretora, segundo o qual até segunda-feira (8) Mato Grosso do Sul já havia comercializado 33% da safra 2021/22, volume 21% inferior ao do mesmo período de 2020 para a safra 2020/21.
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