A Polícia apreendeu 73 celulares e transferiu 16 detentos do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, após a “Operação Mute”, realizada nesta segunda-feira, dia 16 de outubro, também em outras seis unidades prisionais de todo o Estado. Conforme apurado pelo site Campo Grande News, os presos foram transferidos para a Gameleira I, penitenciária conhecida como “Super Máxima”.
Com 16 celas vistoriadas, a operação na Capital terminou com apreensão média de quase cinco aparelhos celulares por “xadrez”. De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o objetivo da operação era diminuir os índices de crimes violentos no país, retirar e coibir o uso de celulares nas unidades prisionais do Estado. Operação contou com 200 policias penais e ocorreu sob coordenação da Diretoria de Inteligência Penitenciária da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).
De acordo com relatório da Diretoria de Operações da Agepen, ao todo foram apreendidos pelos policiais penais 156 celulares, entre outros materiais, no somatório das sete unidades vistoriadas, que abrigam, juntas, aproximadamente 7 mil internos.
Segundo apuração, o setor de inteligência da Agepen vai inspecionar o material apreendido e verificar anotações importantes, existência de listas de membros faccionados, planejamentos e prestações de contas que comprovem ligações entre detentos.
A ação foi desencadeada após orientação da Senappen, cumprida pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e coordenada pela Agepen e ocorreu de forma simultânea no Instituto Penal de Campo Grande, Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas e estabelecimentos penais masculinos de Corumbá, Paranaíba e Rio Brilhante, interior do Estado.
Por volta das 8 horas, o Cope (Comando de Operações Penitenciárias) entrou na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande ao passo que um helicóptero da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) sobrevoava a região do Jardim Noroeste.
Além do Cope, a operação envolve a participação de policiais penais dos presídios, CGPA (Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo), coordenados pela Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário).
Nas demais localidades, as vistorias duraram entre quatro e seis horas, em trabalhos coordenados pela Gisp e DOP (Diretoria de Operações), com a participação do Cope, além do apoio da CGPA (Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo) da Sejusp, com sobrevoo de estabelecimentos penais da Capital, durante a operação.
Segundo o diretor da DOP, policial penal Raul Ramalho, a operação se soma às medidas de prevenção já adotadas pela Agepen nos presídios do Estado. “Contamos com equipes treinadas e com tecnologias, como portas de detecção de metais e scanners corporais, raios-x de bagagens, entre outros equipamentos, para identificar ilícitos que podem ser levados para as penitenciárias. Além disso, realizamos vistorias rotineiras, com o objetivo de identificar qualquer material ilícito”, destacou.
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