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Policial militar preso por festar durante a pandemia é promovido

Nilson Fernandes Sena Júnior foi promovido por antiguidade em decreto publicado hoje (14)

Sede do Comando Geral da Polícia Militar, em Campo Grande (Foto: Saul Schramm - Governo MS) Sede do Comando Geral da Polícia Militar, em Campo Grande (Foto: Saul Schramm - Governo MS)

O policial militar Nilson Fernandes Sena Júnior, de 43 anos, foi promovido hoje (14) ao cargo de 1° tenente dos quadros da corporação, por antiguidade. Ele foi preso no dia 28 de junho, depois de participar de uma festa em Bataguassu, durante a pandemia, ao desacatar colegas que tentaram encerrar a comemoração.

Ele era comandante do Batalhão de Anaurilândia e depois do incidente foi levado para Corregedoria da Polícia Militar em Campo Grande, logo depois transferido para o Presídio Militar, perdendo o comando e o cargo de confiança.

Em 20 de agosto, o policial foi nomeado por “inconveniência” para atuar na Diretoria de Gestão do Presídio Militar Estadual, mesmo local onde ficou detido. Naquela oportunidade a assessoria da Policia Militar informou que Nilson “não ganhou” um cargo novo e sim apenas foi transferido a outra função, por se tratar de um procedimento padrão.

Também destacou que além do processo judicial, ele deveria responder por outro processo administrativo, que após todo trâmite, vai decidir pela absolvição ou punição ao servidor, que vai de uma simples advertência à exclusão da corporação.

Caso - Segundo relato dos policiais que atenderam a denúncia da festa em Bataguassu, o local estava com muita aglomeração e som alto, e ao tentar encerrar o evento, Nilson Fernandes se indispôs e desacatou os colegas.

Os organizadores do evento também foram presos por infração a medida sanitária. Já o oficial foi autuado por crime contra o serviço e dever militar, assim como abandono de posto e outros crimes.

O juiz que converteu a prisão em preventiva citou na época que naquele momento de pandemia a corporação deve fazer a contenção destas festas.

Sobre a promoção, entramos em contato com a Polícia Militar, mas até o fechamento da reportagem não obtivemos resposta.


 

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