Alexandro Fulman Queles de Souza de 18 anos, membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) preso por equipes do GOI (Grupo de Operações de Investigações), nesta terça-feira (10), quando fazia o tribunal do crime de duas pessoas, no bairro Vila Nhanhá disse que precisava manter a ordem.
Em depoimento depois de sua prisão, Alexandro relatou que estava fazendo o comércio de drogas na região quando ouviu barulhos de briga, e como é responsável pelo local foi ver o que acontecia escondendo a droga em um bueiro e ao voltar para atender a um cliente, a pasta base de cocaína havia sumido.
Ele, então, desconfiou de um casal que havia passado a alguns minutos por ele e foi atrás. “Precisava manter a ordem do local, já que sou o responsável”, teria dito o membro da facção, que foi preso junto de Carolina Sanches Fretes, Matheus Patricio Munhoz e Willian Oracio da Silva. Todos levados para a delegacia.
Uma das vítimas, uma mulher grávida, disse que foi espancada com chutes, pauladas e fios. Ela negou que tenha furtado drogas da facção. A mulher ainda disse que implorou para os acusados para não a agredirem. Alexandro ainda contou que o tribunal do crime havia sido aprovado por um ‘irmão’ que está preso no Presídio de Segurança Máxima.
Ação da Polícia Civil impediu que o casal suspeito de furto fosse executado a mando do tribunal do crime. As vítimas foram espancadas, torturadas e condenadas à morte em um imóvel localizado na Vila Nhá-Nhá, em Campo Grande.
Os policiais receberam informações de que no local duas pessoas estavam prestes a serem assassinadas. Quando a equipe se aproximava do ‘cativeiro’, viu uma mulher pedindo socorro na frente da casa. Ela era mantida refém junto com um homem, ambos acusados pelos autores de subtrair droga.
Os dois disseram que por este motivo, foram levadas à força até o imóvel, onde foram torturados e agredidos com pauladas por dois homens, de 18 e 27 anos, e por uma mulher de 29 anos. As vítimas alegaram ainda terem ouvido um dos homens falando ao celular com um desconhecido que autorizava a ordem de execução.
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