DOURADOS

Prefeitura de Dourados rebate críticas sobre falta de equipamentos para saúde

Em comunicado a administração municipal alega que tem EPIs para profissionais e medidas para enfrentamento da doença

Prefeita Délia Razuk acompanha os trabalhos das equipes de saúde (A.Frota/Divulgação) Prefeita Délia Razuk acompanha os trabalhos das equipes de saúde (A.Frota/Divulgação)

A Prefeitura de Dourados rebateu, por meio de comunicado oficial, as críticas feitas pelo procurador do Trabalho, Jeferson Pereira. Ele alegou hoje pela manhã que o município, em plena pandemia do novo coronavírus, não tinha sequer equipamentos básicos de proteção para equipes de saúde que atuam no combate a doença. Dourados tem 93 casos confirmados da doença, de acordo com o boletim divulgado hoje pela Secretaria Estadual de Saúde.

No comunicado a  Prefeitura esclareceu que não falta EPIs para enfrentamento da pandemia. “A Prefeitura de Dourados foi pioneira na tomada de medidas de enfrentamento da pandemia do coronavírus e também na constituição de um comitê de gerenciamento da crise do covid-19”. A afirmação é do assessor especial do Gabinete da prefeita Délia Razuk, advogado Alexandre Mantovani, ao esclarecer que não faltam EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os profissionais da área de saúde em Dourados.

Mantovani explicou que a Secretaria Municipal de Saúde dispõe de equipe técnica especializada no setor de compras e que a gestão trabalha com planejamento e sem perder de vista o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Há um monitoramento diário e podemos afirmar com segurança que não há mesmo a falta de equipamentos de proteção para os trabalhadores da saúde em Dourados”, garantiu.

O assessor também observou que com a pandemia houve flexibilização das leis, incluindo a dispensa de licitação para a aquisição dos materiais. E citou, ainda, que a gestão conta com parcerias de empresas da iniciativa privada, “o que tem contribuído sobremaneira no trabalho de atendimento dos casos de coronavírus no município”.

 Duras críticas – Durante entrevista na manhã de hoje o procurador, que representa o MPT (Ministério Público do Trabalho) na região, destacou que dois meses após o município decretar situação de emergência – condição que facilita compra de materiais essenciais para enfrentar o coronavírus – a carência de equipamentos de proteção continua na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

Jeferson Pereira afirmou que equipamentos de proteção para as equipes de saúde que atuam nas aldeias indígenas e a ampliação de leitos no Hospital Porta da Esperança, na Missão Evangélica Caiuá, estão sendo bancados pela empresa JBS. Funcionária da indústria Seara em Dourados foi a primeira indígena contaminada pelo vírus. Outros 33 moradores da reserva foram infectados e estão em isolamento.

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