O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, reafirmou que não abrirá a fronteira com o Brasil e que autoridades têm que dar exemplo no combate ao coronavírus. A declaração foi feita na manhã de hoje durante inauguração de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no hospital regional de Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
Mario criticou a atitude do prefeito de Pedro Juan, Carlos Acevedo, que no último domingo cruzou a fronteira para passar o Dia das Mães na casa da sogra, em Ponta Porã. Ele discutiu e obrigou tropas do Exército a deixarem ele passar junto com a esposa.
O Paraguai mantém as fronteiras fechadas com o Brasil, Argentina e Bolívia há mais de um mês para prevenir a expansão do coronavírus, que tem 713 contágios e 10 mortes no país.
Sem citar o nome do prefeito de Pedro Juan, o presidente paraguaio lançou indireta. " Todos temos que estar cientes. Não quero me referir a nenhuma pessoa específica, mas não pode haver privilégio em termos de respeito sanitário", disse Mario Abdo Benítez "O Paraguai é reconhecido no mundo [combate à pandemia] graças à disciplina de seu povo", relatou.
O presidente havia dito dias antes que a situação de contágios no Brasil "é uma grande ameaça para o país".
O prefeito de Pedro Juan regressou ao seu país no final da tarde de domingo. Como isso, teve de ser obrigado a cumprir quarentena por 14 dias em unidade militar na cidade de Concepción.
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