Presos em ação antiterror foram para presídio de Campo Grande, diz PF Polícia prendeu dez suspeitos de 'atos preparatórios' ligados a terrorismo. Presídio de Campo Grande é federal e recebe detentos de alta periculosidade.
Ana Paula Andreolla Da TV Globo, em Brasília A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (22) que os dez presos da Operação Hashtag foram levados para o presídio federal de Campo Grande. A unidade é de segurança máxima e recebe presos de alta periculosidade, como o traficante Fernandinho Beira-Mar, que está detido no local. Os presos da Operação Hashtag são suspeitos, segundo o MInistério da Justiça, de terem realizado "atos preparatórios" visando ações terroristas.
As prisões, realizadas a 15 dias da olimpíada, foram as primeiras no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff. Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.
Segundo o ministério, alguns dos investigados na operação chegaram a fazer um juramento virtual ao grupo, no qual repetiam palavras de uma gravação, mas não tiveram contato com membros do Estado Islâmico. Para as autoridades brasileiras, os presos são uma "célula absolutamente amadora" e sem "nenhum preparo".
Quatro pessoas foram presas no estado de São Paulo; uma no Amazonas ; uma no Paraná; uma no Rio Grande do Sul; uma no Rio de Janeiro; uma no Ceará e uma na Paraíba.
Entre eles estão Levi Ribeiro de Jesus, preso no Paraná, Vitor Magalhães, preso em São Paulo. Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, preso em Manaus, e Antonio ‘Ahmed’Andrade, preso na Paraíba. Outras duas pessoas têm mandado de prisão, mas ainda não foram detidas pela polícia. Na quinta (21), o governo informou que já rastreia esses suspeitos e deve prendê-los "em breve".
Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo (8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais.
Comentários