Com 178.267 hectares cultivados até 19 de fevereiro, produtores rurais de Mato Grosso do Sul correm contra o tempo para concluir o plantio do milho dentro da janela considerada ideal, até 10 de março. A informação consta no mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que estima em 2,003 milhões de hectares a área plantada na segunda safra 2020/21. 

Conforme o documento, publicado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), “a alta demanda por grãos pode impulsionar o aumento da área plantada no estado”. No entanto, a semeadura do milho depende da colheita da soja, que até o mesmo dia 19 de fevereiro havia avançado por apenas 342.365,15 dos 3,529 milhões de hectares cultivados em território sul-mato-grossense.

“O excesso de chuva pode retardar a colheita da soja e afetar o andamento da semeadura do milho. O produtor rural deve estar atento as condições climáticas, de modo a conseguir efetuar o plantio do milho na ‘janela ideal de semeadura’, que vai de fevereiro e 10 de março”, pontua o boletim Casa Rural. 

Ainda segundo a publicação, é prevista chuva acumulada acima 430 milímetros para o mês de março e de 130 milímetros em abril.

Mesmo antes de concluir o plantio, porém, o agronegócio sul-mato-grossense já comercializou até o dia 22 de fevereiro 78,87% do milho 2º safra 2020/21, conforme levantamento realizado pela Granos Corretora citado no boletim Casa Rural. 

Embora o índice seja 18% inferior no comparativo com mesmo período do ciclo anterior, o preço do cereal seguiu estável em R$ 72,63 na semana passada. 

“Quanto ao preço médio do mês de fevereiro cotado a R$ 72,63, no comparativo com fevereiro do ano passado, houve avanço nominal de 75,00%, quando o cereal havia sido cotado, em média, a R$ 41,50/sc”, detalha o Siga-MS.