Uma professora de 49 anos foi denunciada após um menino, de 3 anos, contar para a mãe que apanhava na sala de aula. O caso ocorreu no Ceim (Centro de Educação Infantil Municipal) Dona Zifa, em Bela Vista, cidade localizada na região de fronteira com o Paraguai.
A mãe do menino, 34 anos, procurou a polícia no começo da tarde desta segunda-feira, dia 21 de agosto e relatou as agressões. Segundo a mulher, na sexta-feira passada, pegou o filho na creche e percebeu que o pescoço da criança estava vermelho. Ao questionar a criança, ele se negou a falar o que havia acontecido.
Ao chegar em casa, a mulher insistiu para que a criança contasse o que era a marca e o menino disse que a professora tinha dado um tapa. A mãe do garoto procurou a direção do Ceim para relatar o ocorrido, já que em uma outra ocasião o filho contou que a educadora também torceu a orelha.
Repercussão
Revoltada com a situação, a família do garoto levou a público a história. Nas redes sociais, a irmã do menino contou o que estava acontecendo. Na publicação feita no sábado (19), a jovem escreveu que é a segunda vez que a criança era vítima das agressões.
A mãe do garoto chegou a conversar com a diretora do Ceim que garantiu que tomaria providências, mas nada foi feito. Com medo da professora, a criança passou a ter dificuldade para dormir à noite e relatou não querer voltar para a creche. O menino fica na creche das 7 até as 15 horas porque a mãe precisa trabalhar e está com uma bebê recém-nascida em casa.
Em entrevista ao site Campo Grande News, a tia do menino, de 29 anos, informou que a direção da creche não deu importância para o ocorrido. Segundo ela, na tarde de ontem, organizaram uma reunião na instituição, mas a professora foi defendida.
“A diretora disse que tomaria as providências, mas acho que nada foi feito. Ela continuou lá dando aula para ele. Na reunião, defenderam a professora e colocaram meu sobrinho como mentiroso. A diretora disse que minha cunhada o induziu a falar que apanhou, mas eu garanto que isso não aconteceu, ele jamais iria mentir e nós também jamais faríamos uma coisa dessas”, lamentou a tia da criança.
O prefeito Reinaldo Miranda Benites conversou com a reportagem e afirmou que uma sindicância para investigar o fato foi aberta. Providências estão sendo tomadas e a professora será afastada das atividades.
“O afastamento imediato da professora deve sair hoje no Diário Oficial. Ela será afastada até que a situação seja esclarecida. Não posso condenar sem abrir uma sindicância e os procedimentos que a lei nos permite dentro da gestão pública.”
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