Aprovado na quarta-feira (4) pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, o aumento no valor do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões beneficia, sobretudo, dois partidos. O PT do ex-presidente Lula e o PSL que levou Jair Bolsonaro à Presidência vão abocanhar 20% desse total.
Isso significa que as duas siglas que polarizaram as eleições gerais de 2018 terão R$ 730 milhões para distribuir aos candidatos a prefeito e vereador no pleito municipal de 2020. Serão R$ 376,9 milhões para petistas e R$ 350,4 milhões ao PSL.
Para inflar o valor do fundo eleitoral dos originalmente previstos R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões, os congressistas aprovaram mudanças que geram cortes em setores como saúde pública, educação e infraestrutura, conforme noticiado hoje pela Folha.com.
A publicação revelou que para injetar mais R$ 1,7 bilhão no custeio de despesas com viagens, cabos eleitorais e material de divulgação, entre outras, foram reduzidos investimentos de R$ 500 milhões na saúde, R$ 380 milhões em infraestrutura e desenvolvimento regional, e R$ 280 milhões na educação.
Ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL tem em Mato Grosso do Sul os deputados estaduais Capitão Contar e Coronel David. Já o PT é representado na Assembleia Legislativa do Estado por Cabo Almi e Pedro Kemp.
Na Câmara dos Deputados, em Brasília, Tio Trutis e Luiz Ovando integram a bancada do PSL, e Vander Loubet a do PT.
Eleita em 2018 como representante de Dourados, a senadora Soraya Thronicke também é do PSL.
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