Brasil

PT e PSL levam 20% do fundo eleitoral inflado com dinheiro da saúde e educação

Partidos que polarizaram as eleições de 2018 terão R$ 730 milhões para distribuir aos candidatos em 2020

Partidos mais ricos, PT e PSL terão R$ 730 milhões na disputa de 2020 (Foto: Elza Fiúza/ABr) Partidos mais ricos, PT e PSL terão R$ 730 milhões na disputa de 2020 (Foto: Elza Fiúza/ABr)

Aprovado na quarta-feira (4) pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, o aumento no valor do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões beneficia, sobretudo, dois partidos. O PT do ex-presidente Lula e o PSL que levou Jair Bolsonaro à Presidência vão abocanhar 20% desse total. 

Isso significa que as duas siglas que polarizaram as eleições gerais de 2018 terão R$ 730 milhões para distribuir aos candidatos a prefeito e vereador no pleito municipal de 2020.  Serão R$ 376,9 milhões para petistas e R$ 350,4 milhões ao PSL.

Para inflar o valor do fundo eleitoral dos originalmente previstos R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões, os congressistas aprovaram mudanças que geram cortes em setores como saúde pública, educação e infraestrutura, conforme noticiado hoje pela Folha.com.

A publicação revelou que para injetar mais R$ 1,7 bilhão no custeio de despesas com viagens, cabos eleitorais e material de divulgação, entre outras, foram reduzidos investimentos de R$ 500 milhões na saúde, R$ 380 milhões em infraestrutura e desenvolvimento regional, e R$ 280 milhões na educação.

Ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL tem em Mato Grosso do Sul os deputados estaduais Capitão Contar e Coronel David. Já o PT é representado na Assembleia Legislativa do Estado por Cabo Almi e Pedro Kemp.

Na Câmara dos Deputados, em Brasília, Tio Trutis e Luiz Ovando integram a bancada do PSL, e Vander Loubet a do PT.

Eleita em 2018 como representante de Dourados, a senadora Soraya Thronicke também é do PSL.

 

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