POR: ANGELA DUTRA

Qual o valor da mulher?

Nunca, em toda a história, tivemos tantas crises de identidade como atualmente. O nosso lugar na sociedade é interrogado o tempo todo.

Precisamos pensar: Não é porque em 1968, na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos mulheres queimaram seus sutiãs, como protesto à opressão feminina, que vamos continuar afirmando que o topless é uma maneira de sermos livres, e saírmos por aí usando o nosso corpo como bem desejarmos.

A revolução sexual trouxe dilemas que tocam a dignidade feminina, causando um profundo abismo entre a liberdade e a libertinagem, e estamos sim, vivendo tempos perigosos, aonde a deturpação de valores morais em relação à imagem da mulher chegou ao ponto G.

Segundo o dicionário, digna é aquela merecedora de elogios, honesta, honrada. Já o resultado do mau uso dessa dignidade, virtude a que somos chamadas a viver como mulheres, transforma-nos em indignas, vis, inadequadas, inconvenientes, obscenas, indecentes, escandalosas, imorais, menosprezíveis, vergonhosas, pornôs (o dicionário relata 75 antônimos para digno).

Se olharmos para a mídia, tão logo perceberemos que, as ideologias dos antivalores estão expressas através das novelas, filmes, seriados, propagandas de duplo sentido, e nós mulheres, não poucas vezes, assistimos a este espetáculo na cadeira da frente, sem nos preocuparmos com a decadência da nossa própria imagem.

Podemos afirmar categoricamente que, a mulher de hoje tem maior autonomia, liberdade de expressão, deixando de ser coadjuvante para assumir um lugar de destaque na sociedade, com novas possibilidades e responsabilidades, dando voz ativa a seu senso crítico.

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Também não estamos mais restritas apenas ao lar. Temos o nosso valor e desempenhamos muito bem o nosso papel em todos os âmbitos da vida social,com competência, criatividade e desenvoltura.

Porém precisamos de uma vez por todas, entendermos que a nossa luta não é contra o mundo apenas por direitos iguais, mas contra nós mesmas e os conceitos que foram inseridos na nossa vida.

Nossa meta não deve estar numa aparência física aceitável pela sociedade, pois não fomos concebidas para atendermos aos caprichos desta, que vai de mal a pior. A diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo, principalmente nos cargos mais altos sempre existiu e sempre existirá.

A violência contra as mulheres seja ela física, psicológica e moral também é um fato repugnante e que , enquanto o coração da humanidade não estiver voltado para o Criador, ainda teremos de conviver com o alarmante quadro, que pinta uma vítima a cada 4 minutos.

Que tal refletirmos? Estaríamos deixando de lado nossa feminilidade, ternura e instinto maternal, para conquistarmos espaço no mercado de trabalho e assim mostrarmos nossa capacidade à sociedade?

Se observarmos uma concha, perceberemos que ela é bonita, mas o seu verdadeiro valor está dentro dela. Veja o que diz a Bíblia a respeito do valor da mulher: "Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis". (Provérbios 31:10)

Deus valorizou a mulher em todos os tempos

Ele envolveu mulheres das mais variadas classes, em suas mais variadas ocupações, numa época em que pouco ou nenhum valor se dava às mulheres, e assegurou que seus nomes e seus feitos ficassem registrados como testemunho para as próximas gerações, como verdadeiras auxiliadoras, mães, profetizas e rainhas.

A boa notícia é que a Palavra de Deus continua atual e oferece um padrão de excelência que nenhuma ideologia é capaz de superar. Nela, podemos observar claramente o verdadeiro valor da mulher.

Podemos ser lindas e inteligentes, sem cairmos no ritmo frenético e confuso da vulgaridade. Podemos continuar conquistando o nosso espaço sem nos esquecermos de zelar pela nossa espiritualidade e do nosso corpo, sustentarmos o nosso lar com sabedoria, cuidarmos bem do marido e ensinarmos os nossos filhos no caminho em que devem andar.

Aprendamos diariamente com o texto Bíblico de Provérbios 31v 30: "Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada".

Mais do que vestirmos um manequim 36 ou fazermos implantes de silicone para sentir-nos valorizadas e aceitas, precisamos fortalecer o nosso mundo interior, acreditando em nós mesmas e importando-nos com o nosso bem-estar e felicidade.

Que nossas escolhas, atitudes e posições diante desta sociedade decadente, não maculem nossa honra e imagem criada por Deus, com o propósito de sermos mulheres sábias e prudentes.

Angela Dutra

Jornalista

Cantora

Presid. Fundadora da UCMEM/MS

Contato: angeladutrajor@hotmail.com

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