Aqueles que tiveram o auxílio emergencial de R$ 600 negado poderão solicitar contestação na Defensoria Pública do seu município a partir da próxima segunda-feira (22). A medida foi criada em conjunto com a defensoria e o Ministério da Cidadania.
Em decisão assinada ontem, ficou determinado que, quem decidir fazer a contestação do resultado, poderá apresentar os documentos que comprovam a elegibilidade do recebimento do benefício na unidade da defensoria do seu município.
"O acordo que firmamos permite que a Defensoria Pública possa dar essa assistência, que é gratuita, ao cidadão. O cidadão vai buscar o seu direito e, caso esteja dentro do que a lei determina, receberá o auxílio", explica o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
O defensor público-geral federal, Gabriel Faria Oliveira, considerou o acordo como estratégico e que isso dará mais chances de os casos serem analisados individualmente.
"Aqueles que tiveram o benefício eventualmente negado, por alguma desatualização no cadastro que não seja condizente com a realidade atual, têm a possibilidade de buscar ajuda para resolver a questão sem judicialização", disse ele.
Essa não foi a primeira medida adotada para auxiliar quem teve o auxílio negado. No início do mês, o governo federal também anunciou o lançamento de um aplicativo exclusivo para quem não conseguiu acesso ao benefício.
Como sacar o auxílio emergencial?
Os beneficiários do Bolsa Família recebem o valor do auxílio por meio do cartão do Programa Bolsa Família, Cartão Cidadão ou por crédito em conta da Caixa.
Quem tem direito ao auxílio emergencial?
- Para receber o auxílio, é necessário ter mais de 18 anos, com exceção das mães. Poderão receber:
- trabalhadores informais de qualquer tipo, inclusive intermitentes sem carteira assinada
- desempregados
- MEIs (microempreendedores individuais)
- contribuintes individuais da Previdência
Além de se enquadrar em um desses casos, a pessoa deve estar dentro dos limites de renda estabelecidos na lei. Pode receber quem:
- tem família com renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135) ou com renda per capita (por membro da família) de até meio salário mínimo (R$ 522,50)
- teve rendimentos tributáveis de até R$ 28.559,70 em 2018 (conforme declaração do Imposto de Renda feita em 2019).
Quais são os valores do auxílio? Cada pessoa que tiver direito deve receber R$ 600 por mês, durante três meses. A mulher que sustenta o lar sozinha terá direito a R$ 1.200 em cada parcela.
Cada família pode acumular, no máximo, dois benefícios, podendo chegar a R$ 1.800 por mês.
Quem recebe o Bolsa Família não pode acumular o benefício com o auxílio emergencial. A pessoa receberá o que for maior.
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