Mayara Sá / MidiaMax
As convocações para uma greve geral na segunda-feira (1º) se multiplicam nas redes sociais, mas os sindicatos negam participação na paralisação. Integrante da direção da CUT-MS (Central Única do Trabalhador de Mato Grosso do Sul), Jefferson Borges Silveira, diz que os sindicatos estão organizando protestos para o dia 11, e se houver algo nesta segunda não tem a participação dos sindicatos que lutam por causas próprias.
Segundo ele, a mobilização que tanto se fala nas redes sociais não tem na pauta a reivindicação dos trabalhadores. A luta deles é por redução da jornada de trabalho, de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial, fim da PEC 4330 que autoriza a privatização de diversos setores, fim do fator previdenciário e redução para 30 horas semanais da carga horária dos enfermeiros.
As informações nas páginas que tratam do assunto no Facebook estão soltas. Em uma busca, a reportagem encontrou pelo menos sete perfis “Greve Geral”. Mas, nenhuma tem alguma informação de quem fez a página ou algo preciso sobre a manifestação.
Uma imagem convocando para a manifestação está correndo na rede, o texto diz apenas: 1ª Greve Geral contra a corrupção. Temos que mostrar que vivemos em uma democracia e que a população acordou. Dia 01 de julho”.
Em todo o país
Nacionalmente, a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também afirmam que não há qualquer paralisação programada para esta próxima segunda-feira. "(O ato de) 1º de julho não é do movimento sindical, de nenhuma central, não é de nenhum sindicato, não é de nenhuma federação. É fria", alertou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Segundo o dirigente, os eventos agendados pelas redes sociais estão criando informações desencontradas que não correspondem com a realidade. "O Facebook é apenas uma rede social, qualquer um escreve o que quiser. O trabalhador deve seguir a orientação do seu sindicato", afirmou. "Quem convoca greve geral é sindicato e não eventos do Facebook", afirma a CUT em nota.
"Nem a CUT nem as demais centrais sindicais, legítimas representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de julho", diz o texto da central sindical, que acusa "grupos oportunistas" pela criação do evento no Facebook.
"A convocação para a suposta greve geral do dia 1º, que surgiu em uma página anônima do Facebook, é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população. Mais que isso: colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito de livre manifestação", completa a nota. (Com informações nacionais do Portal Terra)
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