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Renegociação de dívidas pela internet aumentam em 2018; veja como se organizar

Prestadoras de serviços públicos e bancos oferecem, pela internet, canais para renegociação - Foto: Pedro Teixeira / Pedro Teixeira Prestadoras de serviços públicos e bancos oferecem, pela internet, canais para renegociação - Foto: Pedro Teixeira / Pedro Teixeira

A renegociação das diversas formas de endividamento cresceu, em 2018, por meio de um novo canal. Segundo o Serasa, os acordos fechados pela internet, em novembro de 2018, por pessoas físicas e jurídicas aumentaram em 268% na comparação com o mesmo período de 2017. Segundo o SPC Brasil, o número de quitações de dívidas entre os brasileiros aumentou 9,5% entre outubro de 2017 e outubro de 2018, dado que tem a influência da possibilidade de acordos pela internet.

— Essa forma de negociação veio para ficar. A internet está em todos os âmbitos da vida do consumidor. Além das facilidades, tem a questão de não precisar se expor. Quando você precisa ir a uma agência, existe uma espécie de constrangimento. Ninguém fica devendo por opção — avaliou Marcela Kawauti, economista chefe do SPC Brasil.

Hoje, não são poucas as plataformas que oferecem negociações pela internet. Dos próprios bancos a sites que fazem a negociação entre as partes, a procura tem crescido devido à facilidade de acesso e à agilidade na conclusão de acordos.

— Esse meio de negociação é novo, mas está crescendo muito. Para se ter uma ideia, 30% das renegociações feitas em 2018 foram feitas por meio de um canal digital. É uma tendência que se consolida — disse Luiz Henrique Garcia, CEO da plataforma Quite Já!, que faz a intermediação entre as empresas credoras e quem está endividado.

Segundo Garcia, somente em 2018, 100 mil acordos foram feitos por meio do site. Para 2019, a previsão é de que 150 mil negociações sejam sacramentadas através da plataforma digital.

— O site oferece um serviço onde qualquer pessoa tem condições de fazer as operações. É bem interativo e sem dificuldades. São quatro áreas informativas até o desfecho do acordo — explicou Garcia, ao se referir às facilidades do serviço.

Verifique se o site é confiável

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, destacou um procedimento importante para quem quer iniciar uma negociação de dívida pela internet: saber a origem do site utilizado.

— Se você conhece o site de negociação, tudo bem. Caso o consumidor não tenha informações a respeito da plataforma, é recomendável ligar para a Central de Atendimento ao Consumidor da empresa com a qual você tem a dívida para saber se ela está ligada ao site que oferece a negociação. Esse é um dos caminhos para não cair em um possível golpe — aconselhou Marcela.

De acordo com os especialistas, as negociações mais comuns realizadas pela internet tratam de dívidas sobre o cartão de crédito e empréstimos consignados.

— O grande vilão é o cartão de crédito. Eu negocio com o banco as condições e apresento ao cliente as formas de pagamento. O normal é adotar o parcelamento, e o prazo comum é a quitação em 12 meses — afirmou Luiz Henrique Garcia, do Quite Já!

Veja os serviços

Banco do Brasil

É possível renegociar dívidas pelo site do banco (bb.com.br/renegocie). O canal oferece prazo para pagamento e datas para vencimento.

Caixa Econômica Federal

A Caixa Econômica Federal disponibiliza no seu site a negociação de dívidas de até R$ 50 mil para pessoa físicas: www.caixa.gov.br/negociar

Itaú

Pelo site, cliente deve acessar o botão “Menu” e selecionar a opção “Renegociação”. O cliente poderá simular a parcela que cabe no seu bolso ou escolher uma das ofertas de negociação disponíveis. Pelo aplicativo, o procedimento poderá ser feito pela aba “Negociação de Dívidas”.

Santander

O banco oferece a possibilidade de acordo, por meio do seu site, pela área renegociação de dívida. Lá o cliente insere o CPF e pelo cadastro o banco identifica se ele está apto a ter alguma solução de renegociação.

Plataformas

Sites como o Quite Já!, o Limpa Nome, do Serasa, e o Consumidor Positivo, do SPC, são plataformas que fazem a interface entre os endividados e as empresas credoras. Os sites oferecem mecanismos de negociação que muitas vezes as empresas disponibilizam apenas por negociação física.

 

 

 

 

 

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