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Resultados positivos chamam atenção e vigilância investiga laboratório

No local, a cada dois testes realizados, um deu positivo, ou seja, 50% dos casos analisado. A taxa municipal é de 8%

Para o resultado ser contabilizado, o teste rápido precisa ser validado pela Anvisa e pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo) Para o resultado ser contabilizado, o teste rápido precisa ser validado pela Anvisa e pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O excesso de diagnósticos positivos para a covid-19 levou equipes da Vigilância Sanitária municipal e estadual ao laboratório da Di Imagens em Campo Grande nesta quinta-feira (30). No local, a cada dois testes realizados, um identifica a presença do novo coronavírus no paciente, número que chamou atenção das autoridades.

A situação também foi denunciada ao Campo Grande News pelos leitores. Pedro Henrique contou a equipe de reportagem que ele e outras oito pessoas, entre amigos e familiares procuram o laboratório para realizar o exame. Todos deram positivos.

Como ninguém apresentava sintomas da doença, decidiram refazer os testes em outros lugares. “Todos refizeram mais duas vezes o teste e deram negativo”, relevou.

A informação de que o erro estava no laboratório veio através dos telefonemas diários da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). “Pessoal ligava todos os dias para saber como eu estava, informei que meu teste deu negativo e me falaram a maioria dos casos dos exames da Di Imagem estão com erro”.

“Isso é saúde publica, estão causando problemas sociais para as pessoas com esses testes”, relatou. Conforme a Sesau, os dados repassados a secretaria mostram que cada dois testes realizados, um deu positivo, ou seja, 50% dos casos analisado. A taxa do município hoje é de 8%.

O excesso de positividade chamou atenção dos serviços de fiscalização do Estado. Por conta disso, equipes da Vigilância Sanitária municipal e estadual se uniram para averiguar a situação. Uma reunião com representantes do laboratório deve acontecer na segunda-feira, dia 4 de maio, para entender as causas do possível erro.

Além de confirmar a investigação, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) explicou que para entrar nas estáticas, o teste usado no diagnóstico precisa ser validado pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde). “Não basta ter registro na ANVISA. Só entram nos boletins resultados de testes rápidos que são validados pelo INCQS”, divulgou. A reportagem não conseguiu contato com o laboratório.

Direto das Ruas – A sugestão chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, canal de interação do leitor com a redação.

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