A Justiça de Mato Grosso do Sul condenou Iago Gustavo Ribeiro Bronzoni a 19 anos de prisão, em regime fechado, pelo envolvimento na morte de Maykel Martins Pacheco, em 2019. O caso tomou notoriedade após o corpo da vítima não ser encontrado.
Segundo o site Campo Grande News, o réu, hoje com 24 anos, enfrentou o Tribunal do Júri na tarde desta quinta-feira, dia 20 de junho. Entre as acusações, estavam os crimes de homicídio simples, ocultação de cadáver e cárcere privado. Um dos agravantes citados nos autos processuais foi a prática de violência excessiva contra a vítima, golpeada com três facadas e um disparo de arma de fogo.
Iago, que tinha o apelido de “Taurus” à época, é irmão gêmeo de Ian Guilherme, conhecido como “Puro Ódio”, ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital). A defesa de Iago chegou a destacar que ele era viciado em cocaína, e quando Maykel desapareceu, estava usando entorpecentes em local diferente do escolhido para a suposta execução do jovem.
Segundo o acusado, a namorada de Ian se envolveu com Maykel, que pertencia à facção rival, o Comando Vermelho. No possível “acerto de contas”, que aconteceu na casa do réu, estavam Wesley Torres da Silva, Tales Valensuela Gonçalves, Marcio Fernandes Feliciano e Everson Silva Gauna.
A morte e desaparecimento de Maykel chegou à polícia pela mãe da vítima, em 6 de dezembro de 2019. Ela foi informada por uma jovem, que dizia ser namorada dele, que o PCC o havia executado. Durante as investigações, uma das testemunhas disse que os gêmeos ocupavam a função de "disciplina" da facção e organizaram o "tribunal do crime".
Meses depois, quando Wesley foi preso, disse que Iago estava sim no momento do "julgamento", que o assassinato aconteceu na estrada vicinal da Estação Guavirá, próxima à Estrada da Gameleira, e que o corpo foi ocultado em um riacho por ali. Buscas foram feitas, mas nem fragmentos de um corpo humano foram encontrados.
"Puro Ódio" morreu dois meses depois da execução de Maykel, aos 20 anos. À época dos fatos, dois homens em uma moto chegaram ao local onde ele estava, no Bairro Parque do Sol, e dispararam várias vezes, o atingindo na região da cabeça.
O último citado, Gauna, também enfrentou o júri na tarde de hoje, mas terminou a sessão absolvido por falta de provas que comprovem sua participação no crime.
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