As cidades de Guia Lopes da Laguna e Ribas do Rio Pardo celebram nesta sexta-feira (19) o aniversário de suas emancipações políticas, que hoje completam 83 e 77 anos respectivamente.
Construída após o episódio história da “retirada da Laguna” - um dos episódios mais marcantes da Guerra do Paraguai - Guia Lopes da Laguna começou a ser povoada por volta do século XVIII com a chegada dos castelhanos e pecuaristas que migraram da região sudoeste do Brasil.
Um dos pioneiros na região foi José Francisco Lopes que se mudou junto de sua esposa, Dona Senhorinha Maria Conceição Barbosa Lopes para a Fazenda Jardim, onde nasceram seus seis filhos.
No pico do conflito em 1846, José Francisco Lopes alistou-se como voluntário no exército nacional para guiar as tropas ao Paraguai e libertar famílias levadas como prisioneiras, iniciando a marcha da Retirada da Laguna.
Marcada pela fome, cansaço e doenças a marcha durou 35 dias e aproximadamente mil soldados brasileiros morreram. A atuação do Guia Lopes - como era conhecido José Francisco - foi decisiva para evitar uma tragédia ainda maior. Guia Lopes faleceu poucos dias após a travessia do rio Miranda, o último obstáculo antes do objetivo final.
Aos 12 dias de fevereiro de 1938, após a construção da Ponte Velha que liga Guia Lopes da Laguna a Jardim, na sede da fazenda o último filho do Guia que se encontrava vivo, fazendeiros e trabalhadores resolveram fundar um povoado, o qual foi batizado pelo nome de Patrimônio de Guia Lopes.O dia 19 de março, que também é dia do padroeiro São José, foi escolhido para homenagear o patrono de Guia Lopes e em 1942 a cidade passa a se chamar oficialmente Guia Lopes da Laguna.
O local que hoje conhecemos como Ribas do Rio Pardo foi explorado por bandeirantes paulistas, no primeiro terço do século XVII. As terras de Ribas não cativaram os sertanistas, cujo objetivo eram metais preciosos.
Em 1835, Joaquim Francisco Lopes, sertanista que inicialmente se instala, nas margens do Rio Paraná, encontra o cuiabano Eleutero Nunes que lhe relata a existência dos campos e aguadas do Rio Pardo, com perspectivas para a criação de bovinos. No ano seguinte, Lopes parte em direção ao Rio Pardo, demarcando novas posses e distribuindo-as para seus companheiros vindos de Santana do Paranaíba; dando assim início à povoação da região de Ribas do Rio Pardo.
A formação do povoado se deu por volta do ano de 1900, quando se registrou concretamente a fixação dos primeiros moradores. Um dos fatores mais importantes para o progresso de nova povoação foi a chegada dos trilhos da atual Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e a inauguração da Estação local, no dia 23 de julho de 1914, ligando Ribas do Rio Pardo aos grandes centros urbanos.
Pela Resolução 856, de 7 de novembro de 1921, foi elevado à categoria de Distrito de Paz, com a denominação de Conceição do Rio Pardo, sendo nomeado Juiz de Paz titular Estêvão Pereira de Almeida. O topônimo atual adveio do Rio do mesmo nome que banha as terras do município.
Por conta da situação da pandemia do Covid-19 no estado, ambos os municípios não poderão realizar celebrações públicas para os moradores nesta data, para evitar aglomerações.
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