As mortes seguem em ritmo preocupante no Hospital Regional Rosa Pedrossian de Campo Grande, referência da covid-2019. Nesta terça-feira (14) já são mais seis óbitos confirmados. Por ali, sem câmara mortuária preparada, contêiner alugado no início da pandemia refrigera as vítimas da doença do novo coronavírus.
O último boletim finalizado às 16h de segunda-feira (13) indica 37 mortes das vítimas da covid desde o início da pandemia. No domingo (12), eram 31. Isso significa que entre às 16h de domingo e às 16h de segunda-feira, mais seis pessoas não suportaram a infecção causada pelo vírus.
Diretora do HR, Rosana Leite conta que é uma doença que deixa especialistas, muitas vezes, sem terem o que fazer. A diretora relata momentos em que, enquanto equipe médica tenta salvar uma pessoa para que não morra, outra que parecia estável volta a piorar.
Foram 10 mortes de domingo a segunda-feira. O hospital dispõe de 83 leitos críticos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), como são chamados os leitos preparados com respirador e voltados aos pacientes graves da covid e outras doenças.
Segundo a última atualização, 11 leitos estavam vagos, ou seja, ainda lotado, com 86% de ocupação, mas sem colapso. O que preocupa, conforme explica a diretora, é que esses 11 leitos só vagaram porque pessoas morreram e outros pacientes do HR foram transferidos.
Na segunda-feira o HR deu início à operação de retirar pacientes de outras comorbidades do CTI (Centro de Terapia Intensiva) e transferi-los ao Hospital do Câncer Alfredo Abrão, que abriu 20 leitos de UTI para esses pacientes. Foram transferidos pacientes com quadros graves de pneumonia e AVC (Acidente Vascular Cerebral), por exemplo.
Covid-19 – Julho é o mês mais letal para a doença, mesmo sem quinzena completa. Até o último boletim divulgado pela secretaria estadual, eram 77 óbitos no mês. Isso significa que até o momento este mês abrange quase 45% de todas as 169 mortes registradas em Mato Grosso do Sul desde o início da pandemia.
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