A Samsung confirmou nesta terça-feira (11) que a produção do smartphone Galaxy Note 7 foi encerrada após novos relatos de incêndios de aparelhos. Poucas horas antes, a empresa sul-coreana havia anunciado a suspensão das vendas do modelo e pedido aos usuários do modelo que mantenham seus celulares desligados.
A maior fabricante de smartphones do mundo disse que pediu a todas as operadoras de telefonia que parem de vender e trocar o Galaxy Note 7 enquanto investiga o problema. "Consumidores com um Galaxy Note 7 original ou substituto [de unidades com defeito] devem desligar e parar de usar o aparelho", disse a Samsung em comunicado.
Um dia após um fornecedor informar agências de notícias que a produção do smartphone seria interrompida, a empresa confirmou o fim da produção visando a segurança dos consumidores. "A Samsung encerrou a produção do Galaxy Note 7. Entende-se que de maneira definitiva", disse à agência de notícias EFE um porta-voz da empresa.
Prejuízos e reputação
Lançado em agosto, o Galaxy Note 7 deveria competir como o mais recente modelo do iPhone, da Apple. Poucos dias depois de chegar ao mercado, porém, começaram a aparecer nas redes sociais imagens dos aparelhos da Samsung carbonizados, com usuários relatando que os smartphones pegaram fogo enquanto a bateria era carregada.
A fabricante sul-coreana anunciou, então, o recall mundial de 2,5 milhões de unidades e a substituição delas por novos aparelhos. Mas, nos últimos dias, surgiram novos relatos de incêndios envolvendo também os aparelhos dessa segunda leva. Agora, a empresa oferece trocar o modelo por outros produtos ou reembolsar os compradores.
A decisão de encerrar a produção e retirar o modelo das prateleiras pela segunda vez em menos de dois meses não apenas levanta novas dúvidas quando ao controle de qualidade da companhia como também pode resultar em enormes prejuízos financeiros e à reputação da Samsung.
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