fonte:G1
A Secretaria da Saúde de Campinas (SP) divulgou, nesta terça-feira (14), a morte de duas pessoas pelo vírus H1N1, conhecido por gripe A. Segundo a Prefeitura, um bebê de 28 dias e uma mulher, de 46 anos, morreram nos dias 26 de abril e 1º de maio, respectivamente. São os primeiros casos deste ano no município, confirmados na sexta-feira (10) pelo Instituto Adolfo Lutz. Outros 89 casos de síndrome respiratória aguda grave (Sars, na sigla em inglês) estão sob investigação na cidade.
O médico infectologista Rodrigo Angerami, do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e da Secretaria da Saúde, explicou que os pacientes apresentavam quadro respiratório grave. "Como é um vírus que está circulando na comunidade, é difícil atribuir o local da infecção. A população deve buscar pela vacina e adotar medidas de higiene para evitar não somente a contaminação pelo H1N1, mas também outros vírus", reiterou o especialista.
Preocupação
Dos casos investigados, Angerami afirma que eles podem incluir doenças provocadas por vírus, incluindo o H1N1, e bactérias. "Temos de aguardar os exames para saber o resultado de cada caso", resumiu. O médico adiantou que não é possível estimar quantos casos são esperados no município, em 2013, ao avaliar a quantidade de registros nos anos anteriores.
"É muito difícil, seria uma previsão empírica. Em 2009 e 2010, por exemplo, era um vírus novo e as pessoas não tinham imunidade. Agora é sazonal", ponderou o especialista. Além disso, ele mencionou que durante o inverno, nos Estados Unidos, houve circulação expressiva do vírus H3N2. "É preciso ter atenção à gripe, embora não saibamos se haverá repercussão aqui".
Vacina
Além de ressaltar a importância da vacinação contra a gripe, sobretudo para o público-alvo, Angerami lembrou que a população deve ter cuidados com a higienização das mãos e evitar locais aglomerados. "A vacina é eficaz, segura e inclui a prevenção contra o H1N1 e o H3N2. É importante ter consciência de que as medidas precisam ser mantidas o ano todo".
A Prefeitura de Campinas informou que a campanha de vacinação imunizou 70,6% das 195 mil pessoas que integram o público-alvo. Ele é formado por mulheres que deram à luz em até 45 dias, período chamado de puerpério, moradores acima de 60 anos, crianças entre seis meses e dois anos, gestantes, trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente do atendimento das pessoas com síndrome gripal, índios, população carcerária e portadores de doenças crônicas.
A campanha segue até o dia 24 e as doses podem ser obtidas nos 63 postos de saúde do município. Pacientes acamados podem receber a dose na própria residência. A imunização protege contra os vírus H1N1, H3N2 e B.
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