O primeiro caso de coronavírus (Covid-19) confirmado em Dourados por meio do drive-thru com resultado divulgado nesta quinta-feira (30) está em investigação. O resultado deve ser finalizado até o final da tarde.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do setor de Vigilância Epidemiológica, está buscando informações com objetivo de identificar a origem da transmissão do vírus.
Conforme informações do médico Frederico de Oliveira durante transmissão em rede social, a maior preocupação da equipe de profissionais de saúde é tentar identificar o vínculo da transmissão.
Caso não seja encontrado, Dourados pode ser apontado com presença de transmissão do tipo “comunitária”, ou seja, quando não é possível afirmar de quem ou pelo menos onde a pessoa foi infectada.
Caso a vigilância, utilizando informações de relevância epidemiológica, encontre a origem, a transmissão passa a ser considerada como “importada”.
“Datas do início dos sintomas, contatos com pessoas, viagens, percurso e trajetos, tudo isso para poder caracterizar a existência ou não de um vínculo”, explicou Frederico, membro do Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus.
Sobre o rápido resultado das ações do drive-thru, com um caso encontrado em meio às 17 coletas realizadas na segunda-feira (27), o médico destacou a importância da disponibilização de testes à toda a população.
“Isso mostra que o drive-thru identifica casos de coronavírus e tira pessoa de circulação, deixando-a em isolamento. O vírus nem sempre se manifesta com sintomas graves, e isso permite que o infectado muitas vezes saia nas ruas aumentando o risco de transmissão”.
COMÉRCIO
Com a falta de detalhes sobre este caso mais recente em Dourados, os resultados das investigações podem gerar mudanças em relação as medidas de contenção da transmissão do vírus, inclusive possível um recuo nas determinações que flexibilizam o funcionamento do comércio.
“Toda recomendação pode ser mudada a qualquer momento, assim como decretos. Inclusive a prefeita [Délia Razuk (PTB)] deixou bem claro isso em pronunciamento. Caso haja necessidade, haverá novos fechamentos, novas recomendações e novos decretos”, comentou o médico Frederico durante a coletiva de imprensa.
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