Alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE), de críticas de parte da população e de insatisfação dos próprios guardas municipais, o armamento da corporação pode ficar para o ano que vem.Nesta sexta-feira (9), durante posse do novo comando da Guarda Municipal, o titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública da Capital, Luidson Noleto, admitiu que o processo que escolheu 220 guardas para passarem por treinamento será revisto e que o processo pode ser finalizado só em 2016.
De acordo com o secretário, o MPE foi convidado para integrar grupo que fará nova análise na documentação de todos os guardas selecionados. Parte da capacitação, que diz respeito aos testes psicológicos, já foi feita.
No entanto, reclamações de guardas sobre indicações e favorecimentos a alguns servidores fizeram com que a secretaria revisse todo o processo.
“Sabemos que houve guardas escolhidos de maneira pessoal porque eram segurança do prefeito, por exemplo”, disse Noleto se referindo ao prefeito afastado Gilmar Olarte.
Depois que as documentações forem revistas, ainda neste mês de outubro, uma nova etapa do treinamento começará. Os guardas selecionados irão passar por aulas de tiro no mês que vem. Serão 320 disparos por servidor e 80 horas de aula teórica.
“Temos esse mês para análise documental e no mês de novembro a qualificação e capacitação. Depois definiremos um curso interno para nivelamento de conhecimento com comissão que está sendo abeta para criar procedimento operacional padrão”, disse o secretário.
Com o novo cronograma, tudo deve ser finalizado entre dezembro e janeiro do ano que vem, afirma Noleto.
INVESTIMENTO
Depois que as armas já fizerem parte da rotina dos guardas, um centro será formado para avaliação do trabalho dos servidores. Conforme o secretário, desde dezembro de 2013 a prefeitura possui R$ 580 mil para estruturar um Centro de Formação e Desenvolvmento de Pessoas.
A expectativa é que o projeto saia do papel e sirva de base para que treinamentos contínuos e análises psicossociais possam ser feitas.
Outro investimento que será feito na corporação, e que já foi até alvo de investigação do Ministério Público, diz respeito a cor da farda dos servidores. Até junho do ano que vem, a prefeitura desembolsará R$ 1,2 milhão para comprar boinas e braçais na cor azul claro, com objetivo de diferenciar a tropa da Polícia Militar.
CONDUTA
Empossado hoje, mas no comando da corporação desde o mês passado, o major Marcos César Escanaichi afirmou que uma das preocupações da Guarda Municipal será avaliar a conduta dos servidores. Nas últimas semanas, polêmicas vieram à tona depois de guarda ser flagrado com arma de brinquedo e outro ser suspeito de matar rapaz em briga de bar.
Conforme o major, as condutas são de reprovação e na esfera administrativa os envolvidos serão "imputados de alguma responsabilidade de acordo com a participação em casa caso”
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