Começa neste domingo (17) a transferência de cerca de 50 indígenas, em especial da etnia Guarani-Kaiowá, da Reserva Indígena de Dourados para uma casa de apoio cedida pela diocese de Dourados. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de saúde Geraldo Resende em live para divulgar o boletim de casos de covid-19.
O contágio na Reserva mais populosa do Brasil começou depois que uma indígena de 35 anos, que trabalha no frigorífico JBS, testou positivo no dia 13 de maio. A Reserva abriga duas aldeias, a Jaguapiru e a Bororó, e o espaço apertado dificulta o isolamento dos casos positivos e suspeitos.
Conforme apurou o Campo Grande News, a remoção da reserva vai contemplar, a princípio, cerca de 50 indígenas das famílias das pessoas que já testaram positivo para covid-19. Eles serão levados para a Casa do Cursilho, onde devem ficar por 14 dias ou até que testem negativos.
O espaço é ligado a movimento da Diocese de Dourados. Neste domingo a Casa está passando por desinfecção do Corpo de Bombeiros para receber os indígenas de diversas idades e foi escolhido porque possui estrutura ampla com diversos quartos.
Com 42 casos confirmados, Dourados é a quarta cidade no ranking de covid-19 em Mato Grosso do Sul e até agora já são 10 pessoas contaminadas na reserva. Na tarde de ontem (16) e de forma voluntária, os indígenas organizavam barreira sanitária para impedir a entrada de pessoas que não moram na reserva.
“Ainda não fizemos a leitura substancial dos casos em Dourados, principalmente na reserva indígena. A leitura desses exames pode levar a um acréscimo significativo”, citou Geraldo Rezende durante a live.
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