O secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende afirmou na manhã desta sexta-feira (26), durante reunião na Câmara Municipal de Dourados, que existe a possibilidade de que sejam adotadas ações mais rígidas para combate a pandemia do coronavírus, caso o conjunto de medidas restritivas adotados pelo Governo do Estado não apresentem efeitos positivos.
Resende apontou que ainda que a sociedade tenha avaliado as imposições do recente decreto como “duras”, as mesmas ainda são moderadas.
“A situação é crítica em Mato Grosso do Sul como é crítica em todos as unidades da federação. Eu disse aos vereadores [de Dourados] que o conjunto de medidas tomadas pelo Governo do Estado que a sociedade avalia como “duras” são muito menores que as que efetivamente precisavam ser adotas”, citou.
Para complementar, ele citou o exemplo do estado do Espírito Santo no combate ao coronavírus e convocou os sul-mato-grossenses a aderirem as regras atuais.
“O Espírito Santo está dando demonstração agora, com 30 dias de lockdown completo. Para evitar que isso aconteça, nós precisamos que o povo do Mato Grosso do Sul nos ajude a fazer adesão a esse decreto que vai até o dia 4 de abril”.
Resende foi enfático ao afirmar que caso não ocorra melhoria no cenário da pandemia em Mato Grosso do Sul, é possível que se direcione atos mais firmes de combate ao vírus.
“Se nos efetivamente não tivermos a melhoria da taxa de isolamento domiciliar, não tivermos o decréscimo no número de casos, não tivermos diminuição no número de óbitos, menor número de internações, se o cenário apontar para que tenhamos gente sem acesso a leitos hospitalares, gente que morra na fila esperando o acesso a um leito clínico ou leito de UTI, eu advogo que tenhamos medidas mais duras aindas para salvar a vida das pessoas”.
Conforme o boletim divulgado na manhã desta sexta-feira (26), pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), Mato Grosso do Sul atingiu 4.045 vítimas fatais do vírus. Ao todo 208.495 pessoas já testaram positivo para a doença, desses, 190.322 são considerados recuperados e 12.984 estão em isolamento domiciliar.
Outros 1.144 permanecem hospitalizados, sendo 656 em leitos clínicos e 488 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
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