O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende (PSDB), disse estar preocupado com o que chamou de ‘afrouxamento geral’ da população sul-mato-grossense em relação à pandemia do coronavírus.
Em entrevista ao Dourados News na manhã desta sexta-feira (2/10), o titular da pasta alertou para o fato da doença ainda não estar controlada.
“Houve um afrouxamento geral da população de Mato Grosso do Sul e do país, estão acreditando que a pandemia passou, e não passou. Nós estamos num platô elevado de casos novos, taxa de internação em leitos clínicos que nos preocupa, média de 470 a 500 por dia e número elevados de óbitos, cerca de 13 diários”, relatou, continuando em seguida. “A doença cessou no crescimento, mas não está controlada”.
De acordo com dados mais recentes divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), até a quinta-feira (1/10), 70.239 haviam sido contaminadas na unidade da federação. Do total, 467 estão em leitos clínicos de hospitais e 4.659 cumprindo isolamento domiciliar.
O número de mortes chegou a 1.311, com 96 delas ocorrendo em Dourados.
Testes
Conforme Geraldo Resende, houve diminuição de envio de testes de coronavírus dos municípios ao Lacen (Laboratório Central), mostrando a ausência de coletas à população que apresente sintomas da doença.
“Podemos fazer 1,8 mil exames por dia e só chega mil, em média. Conseguimos ampliar a estrutura para a realização desses testes, porém, há uma queda na procura por eles [testes]”, comentou.
O secretário disse tratar sobre vacinas para Mato Grosso do Sul com laboratórios em fase avançada de pesquisa.
“A doença só vai passar quando tivermos vacina e espero que a segunda onda, se vier, encontre a população do Mato Grosso do Sul vacinada. Estamos tentando isso com uma dessas empresas que já estão na fase 3 de testes”, argumentou ao Dourados News.
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