Nesta quarta-feira (11) aconteceu o evento “Setembro Azul – Educação de Surdos: Experiências Pedagógicas, Celebrando Conquistas”, promovido pela SED (Secretaria de Estado de Educação), por meio da Coesp (Coordenadoria de Educação Especial) e do CAS (Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez), com o objetivo de apresentar as estratégias pedagógicas desenvolvidas nas escolas estaduais junto aos estudantes surdos.
Essas estratégias visam aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, promover a inclusão educacional por meio da acessibilidade linguística e garantir aos estudantes surdos o suporte necessário para alcançar seu pleno potencial pedagógico e pessoal.
O evento aconteceu no auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) com a participação de 200 pessoas entre diretores, tradutores intérpretes, coordenadores, familiares de surdos, comunidade surda e técnicos da Educação Especial de Campo Grande, Rochedo, Miranda, Jaraguari e Sidrolândia.
Na ocasião também foi estimulado a criação de novas ações que promovam ainda mais a inclusão das pessoas surdas, uma vez que é fundamental que a REE (Rede Estadual de Ensino) esteja engajada para divulgar, refletir e debater sobre o trabalho desenvolvido em nosso estado no âmbito da educação especial e inclusiva.
O evento começou com um bate papo entre os professores do Atendimento Educacional Especializado Helen Trefzger Ballock e Ramon Perucci Roberto que apresentaram o painel “Estratégias e Vivências na Educação de Surdos no Atendimento Educacional Especializado”
A professora Helen Ballock possui graduação em Pedagogia e em Letras Libras e Especialização em Educação Especial e Inclusiva e em Língua Brasileira de Sinais, já o professor Ramon Perucci Roberto possui graduação em Letras Libras e Especialização em Educação Especial Inclusiva.
A superintendente de políticas educacionais da SED, Adriana Buytendorp, que representou o secretário de Educação, Hélio Daher, pontuou a importância da Educação Especial e Inclusiva dentro da REE e como o evento contribui para a formação dos profissionais que trabalham com os processos de aprendizagem dos estudantes surdos.
“Toda essa formação sólida vai contribuir para que a gente tenha pessoas com surdez nas nossas escolas, sendo melhor trabalhadas, tendo processos de aprendizagem melhor, tendo oportunidades de trabalho melhor. Nós não podemos nos esquecer, dentro do Setembro Azul, o quanto a criança surda precisa ser iniciada na língua o mais precocemente possível. Então, nós precisamos fazer essas garantias, precisamos reconhecer essa importância”, afirmou Adriana.
O encontro destacou a importância da acessibilidade linguística e das metodologias adaptadas que têm sido desenvolvidas nas salas de aula e nos atendimentos especializados. Essas estratégias são fundamentais para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, permitindo que os estudantes surdos alcancem seu pleno potencial tanto acadêmico quanto pessoal.
De acordo com a coordenadora de Educação Especial, Janaina Belato, a REE tem como perspectiva de trabalho que nenhum estudante seja deixado para trás e que o processo de inclusão escolar, principalmente do aluno surdo, tem a particularidade do trabalho com Libras (Língua Brasileira de Sinais).
“Esse evento mostra o atendimento educacional especializado que acontece no CAS aqui na capital, e nas salas de recursos das escolas estaduais. No interior do estado, nós temos uma condição muito especial, por exemplo, temos um aluno surdo, só ele naquela escola, naquele município, então como que fazemos para ensinar a língua para ele, nós fazemos um atendimento especial virtual, ou seja isso mostra como cada estudante é atendido, é um atendimento muito personalizado, o que é uma característica da Educação Especial”, explicou Janaina.
Os participantes também tiveram a oportunidade de acompanhar experiências que deram certo e conhecer histórias de superação e de empenho dos professores e estudantes. O evento não celebrou apenas as conquistas já alcançadas, mas também serviu para inspirar novas iniciativas que promovam ainda mais a inclusão das pessoas surdas.
A coordenadora do CAS, Daniela Silva da Costa afirmou que a REE possui ações importantíssima para atendimento e inclusão dos estudantes surdos, enalteceu as práticas apresentadas e garantiu que todos se empenham para que nenhum aluno seja deixado para trás e que receba o atendimento especializado que necessita.
“Que lindo tudo isso que vimos aqui, o que essas pessoas estão promovendo para os estudantes é fantástico, as vezes a gente acha que está longe, que os municípios estão longe de nós, mas nosso atendimento chega, nós estamos aqui para eles e por eles, então, tudo que fizermos, a gente está trazendo o protagonismo para esses estudantes”, finaliza Daniela.
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