PÓS GREVE

Sindicato prevê dois meses para normalizar atendimento nos bancos

No segundo dia útil após retornar as atividades nas agências bancárias, depois de 31 dias de greve da categoria, o movimento de pessoas é intenso nos bancos instalados em Dourados. A estimativa é que dois meses sejam necessários para normalizar os atendimentos, segundo o presidente do sindicato dos bancários de Dourados, Ronaldo Ferreira.

"Trabalhamos com uma previsão de 2 meses para que normalize os atendimentos. Muitos bancos trabalham com financiamento e nesse período de 31 dias, ficou muita documentação parada e vai demorar um pouco para organizar", disse Ronaldo, na manhã desta segunda-feira (10) ao Dourados News.

A greve teve início no dia 6 de setembro, após várias tentativas de negociação entre a categoria e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) por reajuste salarial, melhores condições de trabalho, contratação de mais servidores entre outras.

Após a paralisação das atividades, uma nova proposta foi feita e a categoria optou por aceitar e finalizar a greve.

A orientação para a população é buscar informações sobre os atendimentos que necessitam, já que muitos podem ser feitos através do sistema online – via internet, ou nos terminais de atendimentos.

"Ao procurar atendimento é interessante que o cliente verifique se há necessidade de ir a agência, pois muitos atendimentos podem ser feitos pelo sistema eletrônico ou nos terminais de autoatendimento e isso pode facilitar em solucionar e agilizar o processo", contou o presidente do sindicato.

Ele disse ainda, que o ferido dos dias 11 e 12 de outubro ainda vai interferir nos atendimento do pós retorno.

Reajuste e reivindicações aceitas

A greve chegou ao fim após os bancários aceitarem reajuste de 8%, mais abono de R$ 3,5 mil, que seria pago até 10 dias após assinatura da CCT; vale-alimentação um aumento de 15% e no vale-refeição e no auxílio creche-babá, 10%.

Para 2017, a proposta prevê reajuste de reposição da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para os salários e em todas as demais verbas. A PLR será reajustada em 8% em 2016 e inflação mais 1% de aumento real em 2017.

Segundo Ferreira, a categoria optou por aceitar a proposta por conta da situação econômica do país atualmente, e alegou que os banqueiros têm condições de melhorar as propostas.

"Essa foi uma das greves mais longas dos últimos 10 anos, mas seguimos a federação a nível de Brasil e optamos por aceitar a proposta que foi passada. A situação econômica do país atualmente está bem complicada, porém os banqueiros tinham condições de dar mais", pontuou Ronaldo.

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