Dados da Justiça Eleitoral mostram que a disputa pela Prefeitura de Dourados saiu barata em 2016, ao menos diante do que poderia custar. Nenhum dos cinco candidatos atingiu o limite de gastos estabelecido pela legislação, de R$ 1.277.016,95, e a soma das despesas – legalmente declaradas - de quatro deles não passou de R$ 1.332.165,51.
Esse montante é inferior até mesmo ao limite estabelecido para cada postulante ao cargo de chefe do Executivo municipal no pleito deste ano, de R$ 1.454.769,73.
Conforme o Divulga Cand do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para obter os 43.252 votos (39,82% do total) que lhe elegeram prefeita do município, Délia Razuk (à época no PR) desembolsou R$ 416.763,00 para custear despesas contratadas. A maior parte dessa cifra, R$ 115 mil, corresponde a produção de programas de rádio e televisão. Entre os outros gastos, constam ainda R$ 113.304,00 com pessoal.
A então candidata declarou ter recebido R$ 541.715,00 para aquela campanha. Ela mesma doou R$ 381.500,00 e o segundo maior doador foi Raufi Antonio Jaccoud Marques, com R$ 35 mil. Ele foi nomeado secretário municipal de Governo em 1º de janeiro de 2017, mas pediu exoneração depois que o MPE-MS (Ministério Público Estadual) recomendou sua saída por implicações decorrentes de condenação judicial.
Segundo colocado no pleito municipal de 2016, quando era deputado federal, Geraldo Resende (PSDB) foi votado por 40.149 eleitores (36,96%) após uma campanha que lhe custou R$ 737.276,95 em despesas. Publicidade por materiais impressos consumiram R$ 267.600,95, produção de programas de rádio e televisão R$ 150 mil, e despesas com pessoal outros R$ 125.482,00.
O tucano dispunha de R$ 811.001,95, sobretudo graças ao aporte de R$ 275 mil que fez na própria campanha, e aos R$ 250 mil de seu partido.
Deputado estadual já naquele ano, Renato Câmara (MDB) recebeu 20.708 votos (19,06%) num pleito com despesas contratadas de R$ 162.120,46. Baixa de estimáveis referentes às atividades de militância custaram R$ 83.654,40, enquanto outra parte volumosa desses gastos, R$ 71.145,50, foi direcionada à publicidade por materiais impressos.
O parlamentar contava com total de recursos recebidos de R$ 304.974,86. O Diretório Municipal do partido doou R$ 153.154,40 e ele mesmo injetou outros R$ 102.200,00.
O professor Ênio Ribeiro (PSOL), quarto colocado na disputa pela Prefeitura de Dourados nas eleições municipais de 2016 ao ser votado por 2.445 eleitores (2,25%), não declarou qualquer centavo recebido ou gasto em campanha.
Já Wanderlei Carneiro (PP), que teve 2.065 votos (1,90%), detalhou à Justiça Eleitoral receitas e despesas totais de R$ 16.005,10. Publicidade por materiais impressos consumiram R$ 12.712,00 e combustíveis e lubrificantes R$ 3.293,10. Marlon Barbosa doou R$ 10.283,10 e ele mesmo R$ 5.722,00.
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