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STF deixa para o ano que vem decisão sobre denúncia contra Delcídio

O STF (Supremo Tribunal Federal) deixará para 2016 decisão a respeito de denúncia contra o senador Delcídio do Amaral, preso pela Polícia Federal desde 25 de novembro, em decorrência de desdobramentos da Operação Lava Jato, além de outras sobre o assunto. O Supremo já encerrou as atividades deste ano.

Se o Supremo Tribunal aceitar as denúncias, cinco parlamentares podem se tornar réus: além de Delcídio, Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Benedito de Lira (PP-AL); e os deputados Arthur de Lira (PP-AL) e Nelson Meurer (PP-PR).

Também ficará para o ano que vem o pedido da Procuradoria Geral da República de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), suspeito de atrapalhar as investigações da operação e já denunciado no caso.

Preso em flagrante, Delcídio do Amaral foi acusado de atrapalhar a Lava Jato. Além dele, foram denunciados seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, advogado Edson Ribeiro, que trabalhava na defesa do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, e o ex-controlador do banco BTG Factual, André Esteves.

O senador foi gravado tratando a respeito de uma possível fuga de Cerveró, além de prometer conversar com ministros do STF para tentar libertá-lo. Ele pactuou dar ajuda financeira de R$ 50 mil mensais para a família do ex-diretor, além de honorários de R$ 4 milhões para o advogado em troca do silêncio de Cerveró, em sua delação premiada.

Depois de ficar mais de 20 dias preso na sede da Polícia Federal em Brasília, o senador Delcídio do Amaral foi transferido para o quartel da Polícia Militar, no qual poderá até mesmo tomar banho de sol, na sexta-feira (18). O local é alojamento de oficiais e contra com dois quartos, cada um com duas beliches. Além disso, há um armário pequeno, banheiro entre os cômodos, sala média com sofá e mesa de jantar.

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