Pensando na saúde de milhares de homens, a Campanha Novembro Azul existe para alertar a população sobre a importância de cuidados para a prevenção do câncer de próstata. De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2020, já são quase 66 mil casos notificados em todo o Brasil. O sul-mato-grossense Waldir Ribas, de 51 anos, assistente de serviços da Subsecretaria de Comunicação/SEGOV, fala da experiência que vivenciou com a doença.
Segundo o INCA, o câncer de próstata é o tumor que mais atinge homens no Brasil, alcançando 29% dos enfermos. Waldir, que fez parte desta triste estatística, descobriu o mal conforme orientação constante de campanhas. Com 45 anos, perto dos 50 (idade em que a incidência apresenta um crescimento), ele resolveu fazer exames periódicos e depois de algum período houve a alteração no exame de PSA - Antígeno Prostático Específico.
O resultado deu um susto no servidor, que fazia os próprios exames rigorosamente em dia. “No primeiro momento eu não acreditei. Meu pai faleceu aos 53 anos com câncer na garganta em razão de não fazer o tratamento de prevenção e nem o recomendado para essa doença. Fiquei surpreso, mas as orientações médicas sobre as alternativas de tratamento, no caso quimioterapia e radioterapia ou a retirada radical da próstata, foi me trazendo à realidade”, lembra ele.
Conforme o Ministério da Saúde, no estágio inicial, o tumor da próstata apresenta evolução silenciosa. Boa parte do público masculino não apresenta nenhum sintoma, ou quando apresenta, são semelhantes aos do aumento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, sangue na urina). No estágio mais avançado, pode ocorrer dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Waldir permaneceu apreensivo durante seis meses, tempo entre a descoberta da doença e a decisão sobre qual tratamento realizar. Na mesma fase, o apoio da família e dos amigos foi fundamental para a saúde mental do servidor, que tem a experiência intrínseca na própria história. “Minha família foi muito importante naquele momento. Minha mãe ficou muito assustada, hoje ela vai ao médico fazer os exames de prevenção. Já a minha esposa foi fundamental na decisão do tratamento e os meus filhos também reagiram de maneira positiva, foi o que me tranquilizou para a decisão de retirada radical da próstata”, diz Waldir, sensibilizado pelo amor do lar que construiu.
Agora, mesmo estando recuperado, o assistente de serviços de comunicação continua firme no compromisso com a saúde, fazendo observações constantes de prevenção. Além disso, o ocorrido potencializou ainda mais a importância que ele dava para a família. “Saber que ainda tenho possibilidades é uma dádiva que procuro ser digno todos os dias”, define o servidor.
Com base nas informações disponibilizadas pelo INCA, além do exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico, o toque retal complementa no diagnóstico de identificação da doença. O processo é rápido e indolor, apesar de alguns homens se sentirem incomodados e terem resistência em realizar os exames.
“Sair da zona de conforto! Encarar os procedimentos recomendados e quando necessário, até os que são considerados constrangedores. Embora desconcertante, isso pode prolongar a vida com o mínimo ou mesmo sem sequelas, já que o conhecimento na área da saúde tem sido cada dia mais promissor”, aconselha o vencedor do câncer.
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