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Superávit da balança comercial de MS no 1º bimestre de 2021 fecha em US$ 175 milhões

Foto: Edemir Rodrigues/Divulgação/GovernoMS Foto: Edemir Rodrigues/Divulgação/GovernoMS

O superávit da balança comercial de Mato Grosso do Sul no acumulado dos meses de janeiro e fevereiro de 2021 fechou em US$ 175 milhões com a pauta sendo puxada, em termos de valores em dólar, pela celulose, carne bovina e milho em grão. Destes itens, o único que registrou variação positiva nas exportações foi o milho, com crescimento de 200,54% em relação ao primeiro bimestre de 2020.

Com as variações negativas da celulose (-45,85%) e da carne bovina (-5,69%) o superávit também ficou 22,17% inferior ao verificado em janeiro e fevereiro de 2020. Os dados estão na Carta de Conjuntura do Mercado Externo do mês de março de 2021, divulgada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Clique aqui para fazer o download do documento.

Para o secretário Jaime Verruck, da Semagro, a queda no saldo da balança comercial do primeiro bimestre de 2021 em relação a janeiro e fevereiro do ano passado reflete o recuo nas exportações de celulose. “Esse item permanece como primeiro produto na pauta, mas a queda pode sinalizar que pode ter sido direcionado ao mercado interno. A soja também registrou diminuição, muito em decorrência do atraso no plantio e, consequentemente, na colheita. A tendência é de que, a partir de março, sejam intensificadas as exportações do grão. Temos uma boa safra e deveremos ter uma rápida recomposição”, afirmou.

O desempenho positivo do milho, do açúcar, óleos e gorduras vegetais e do minério foi destacado pelo titular da Semagro. “Chama positivamente a atenção nesses dois primeiros meses a continuidade da demanda internacional pelo açúcar, com crescimento de 226,95% em relação ao ano passado e uma persistente e positiva ampliação no mercado externo do minério de ferro, com crescimento de 30,87% no minério de ferro e de 76,26% no ferro-gusa e ferro-ligas”, afirmou.

As exportações para a China recuaram 53,28% em relação ao primeiro bimestre do ano passado, mas o país se mantém como principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, representando 20,51% da pauta e sendo seguida pelos Estados Unidos (7,81%) e Holanda (6,42%). Em termos regionais, Três Lagoas concentra 43,72% das exportações do Estado.

“Apesar da queda, a China representa 20% e observamos algum crescimento na área de carnes e da soja. Por isso, acreditamos que os níveis devem voltar a uma participação mais expressiva. Nos surpreende de forma positiva a expansão das exportações para os EUA”, comenta o secretário.

Para o ano de 2021, a perspectiva para a balança comercial sul-mato-grossense é positiva, afirma o titular da Semagro. “Nós acreditamos no fortalecimento da soja, pois temos cerca de 60% da safra já comercializada para exportação. Além disso, temos uma manutenção da demanda internacional por milho, soja e minério. Apesar dessa queda, nós acreditamos que será um ano aquecido em termos de exportação, mantendo a procura pelos principais produtos de Mato Grosso do Sul, como a celulose, carnes, minério, açúcar e soja em grão”, finalizou Jaime Verruck.

 

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