O desembargador Luiz Claudio Bonassini, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou que João Baird, proprietário da Itel Informática e investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) sofra constrangimento ilegal e negou o pedido de suspensão das investigações nesta quinta-feira (29).
A liminar foi concedida apenas para que seja juntado ao procedimento investigatório criminal nº18/2015 do Gaeco, sobre a Operação Coffee Break, documentos já enviados ao Gaewco no último dia 7, a pedido do empresário.
Os advogados do empresário, José Wanderley Bezerra Alves, Antônio Ferreira Júnior e Gustavo Marques Ferreira impetram pedido de habeas corpus com pleito liminar em favor de João Roberto Baird, sob a alegação de que ele sofreria constrangimento ilegal por parte do promotor de Justiça do Gaeco, Marcos Alex.
O pedido foi feito no último dia 26. Alegando que “sua dignidade se encontra em xeque”, os advogados do empresário listaram trechos dos pedidos de prisão de Gilmar Olarte e João Amorim que envolvem João Baird para embasar o pedido de habeas corpus preventivo.
Adefesa alegou que o Gaeco “faz conjecturas” a respeito de Baird e que ele já prestou depoimento, respondendo as dúvidas do Ministério Público. Alega também que Baird “não foi agraciado pela gestão de Gilmar Olarte e nem prejudicado com a administração de Alcides Bernal”, não tendo interesse na sua cassação.
O documento, com 24 páginas, mostra pagamentos de R$ 10,4 milhões em um período de nove meses, antes da cassação de Bernal. Também lista o depoimento de Baird em trechos nos quais ele explicaria ao Gaeco que não mantinha contato com vereadores, apenas com Bernal e Olarte em decorrência dos contratos da Itel junto à Prefeitura, firmados durante a gestão de Nelson Trad Filho.
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