DOURADOS

Tomado por cupins, Teatro Municipal precisa de reforma de R$ 3 mi

Teatro foi inaugurado há 23 anos e está estrutura está comprometida por cupins e descaso - Crédito: Hedio Fazan/Dourados News Teatro foi inaugurado há 23 anos e está estrutura está comprometida por cupins e descaso - Crédito: Hedio Fazan/Dourados News

Um cenário de abandono e descaso com a cultura da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. O Teatro Municipal de Dourados tem hoje uma estrutura deteriorada, com cupins tomando conta do palco que foi cenário de muitos espetáculos e apresentações ao longo de 23 anos de fundação. 

Além dos cupins, o espaço com capacidade para 420 pessoas, tem problemas nas instalações elétricas e hidráulicas que oferecem riscos e causaram a interdição do espaço por medida de segurança.

Em 31 de março de 2020 uma ata pública do Conselho Municipal de Políticas Culturais revelou que engenheiros da prefeitura - na época administrada por Délia Razuk - fizeram um laudo declarando que a utilização do espaço poderia colocar em risco a vida dos presentes.

A reportagem do Dourados News esteve no teatro localizado dentro do Parque dos Ipês. Por todo o espaço há sinais de deterioração. O forro do teto próximo ao palco principal ainda tem problemas, como o que causaram um acidente durante uma apresentação de balé em 20 de outubro de 2019. Na ocasião, o rompimento de um cano de alta pressão inundou o forro que desabou sobre as cadeiras na plateia. Ninguém ficou ferido e a apresentação foi encerrada. 

Conforme levantamento da Secretaria Municipal de Cultura, o espaço necessita de uma reforma geral orçada em quase R$ 3 milhões. 

“O teatro hoje é o maior problema da secretaria, porque é um espaço cultural e histórico importante e está nessas condições lamentáveis. É algo muito triste, pois sabemos a importância desse local para quem vive da cultura na cidade”, explicou o secretário municipal de cultura, Francisco Marcos Rossetti Chamorro.

As necessidades mais urgentes estão na questão das instalações elétricas e hidráulicas. Conforme o secretário, a ideia é de pelo menos viabilizar uma reforma emergencial, orçada em aproximadamente R$ 800 mil. 

“Seria para pelo menos fazer uma reforma no palco, a pintura dos espaços externos, camarins e reparos mais urgentes dessa parte elétrica e hidráulica. Gostaríamos de deixar o teatro pronto para receber pequenos eventos até o fim do ano, dentro dos critérios de biossegurança”, justificou Chamorro, acrescentando ainda que caso não seja feita uma reforma logo o espaço pode ficar ainda mais comprometido. "Se não conseguirmos uma solução pelo menos de emergência a situação vai ficar cada vez pior".
 

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