PONTA PORÃ

Trabalhadores dos Correios param e alegam falta de condições de trabalho

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Em assembleia realizada ontem, 9 de abril, os trabalhadores dos Correios de Ponta Porã deliberaram pela paralisação das atividades frente à total falta de condições trabalho e ausência de condições para o cumprimento de suas funções.

De acordo com o sindicato da categoria, a direção estadual dos Correios foi comunicada várias vezes sobre a situação e  os trabalhadores estão tendo de suportar desacato de usuários descontentes com a prestação de serviços.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Mato Grosso do Sul, Elaine Regina Oliveira, a situação chegou num ponto insustentável para os trabalhadores.

Ela afirma que após meses de negociação junto à direção estadual dos Correios, alertando para a gravidade da situação, os trabalhadores optaram pela paralisação “como último recurso disponível” para mostrar à direção da empresa e à população o que está acontecendo.

Segundo Elaine, os trabalhadores são injustamente colocados como responsáveis pela situação, pois é impossível colocar a entrega em dia no município de Ponta Porã com efetivo insuficiente e falta de veículos (motos, carros e bicicletas) para atender a demanda.

Ela diz que a situação prejudica tanto a população usuária como também os trabalhadores, e que por não mais suportarem tal situação é que resolveram paralisar as atividades a partir desta quarta, 10 de abril.

Sucateamento deliberado – O sindicato aponta também que os Correios sofrem um processo de sucateamento deliberado que visa desmoralizar a estatal junto à população para justificar a sua privatização.

A empresa sempre foi reconhecida pela sua credibilidade e eficiência e a queda na qualidade, aponta o sindicato, é fruto da falta de investimento em pessoal e equipamentos. Para Elaine, é possível, como sempre foi, existir uma empresa de Correios pública com qualidade na prestação de serviços, mas o processo de sucateamento da empresa tem feito a qualidade cair e a culpa não é dos trabalhadores.

 

 

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