O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) iniciou, nesta segunda-feira, dia 27 de novembro, o Teste Público de Segurança da Urna de 2023 – uma das etapas de verificação que atesta a segurança das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições municipais do ano que vem.
A abertura foi feita pelo secretário de Tecnologia e Informação do tribunal, Júlio Valente. O teste vai até a próxima sexta-feira, dia 1º de dezembro.
Até lá, mais de 30 especialistas em tecnologia da informação – hackers, programadores, representantes de universidades e peritos da Polícia Federal – vão testar os equipamentos usados para coletar os votos dos cidadãos.
Entre os testes, o grupo tentará invadir o sistema da urna para identificar possíveis falhas e vulnerabilidades.
Se algo for encontrado, o tribunal terá tempo hábil para corrigir o problema e evitar riscos no momento da votação. Em maio de 2024, os investigadores voltam ao TSE para verificar se as eventuais falhas foram corrigidas.
O secretário de Tecnologia da Informação (STI) do TSE, Júlio Valente, disse que o objetivo do teste é fortalecer a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos, assim como propiciar o aperfeiçoamento do processo eleitoral.
"É o momento em que a Justiça Eleitoral e a sociedade civil estão juntas, em uníssono, para melhorar o sistema eleitoral", afirmou Valente.
Segundo o TSE, o teste permite que especialistas colaborem no aprimoramento dos sistemas eletrônicos usados na votação.
Os especialistas vão analisar as urnas eletrônicas modelos 2022 e 2020. São verificados os programas que fazem o controle dos equipamentos e as mídias eletrônicas.
Em outubro esses investigadores já tiveram a oportunidade de analisar o código-fonte da urna, que também está aberto para inspeção de entidades autorizadas a fiscalizar o processo eleitoral, como partidos políticos.
Os códigos-fonte são um conjunto de linhas de programação de um software, com as instruções para que o sistema funcione. A abertura permite a inspeção.
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