Uma estudante universitária fatura o equivalente a R$ 320 mil reais por ano sussurrando em vídeos para os seus seguidores. A britânica Lottie Fellows, de 20 anos, tem uma legião de fãs que pagam para que fale bem baixinho para eles. Os interesses na prática considerada terapêutica variam: desde pessoas que procuram ajuda para dormir a outras que tratam isso como um fetiche.
A prática é conhecida como pela sigla ASMR (sigla em inglês para resposta sensorial autônoma do meridiano). , uma sensação agradável produzida em resposta a algum estímulo sensorial, que pode vir de um sussurro, do som de uma embalagem sendo manipulada ou do barulho de água caindo.
A ASMR tem crescido em popularidade nos últimos anos. Muitos adeptos afirmam que os vídeos e os áudios proporcionam uma sensação calmante e de formigamento.
Lottie Fellows Foto: Reprodução
Lottie já tem 170 mil assinantes do seu canal de ASMR no YouTube. Nos seus vídeos, a britânica assume algumas personagens, como médica e estilistas para as suas sessões de sussurros. Lottie também costuma fazer vídeos em que bate suavemente com as unhas compridas em objetos dos mais variados.
Em reportagem no "NY Post", a britânica contou que, inicialmente, ao tomar conhecimento do que era a ASMR, achou a prática bizarra e engraçada. Até que se entusiasmou e a adotou como ganha-pão.
A universitária diz que ela mesma recorreu a vídeos de ASMR.
"Fazia minha cabeça formigar e eu sempre ficava com sono", contou.
Lottie tenta descolar a sua imagem do fetichismo. Por causa dele, a China chegou a bloquear vídeos de ASMR. Porém um estudo de 2015 afirma que apenas 5% das pessoas associam a prática a algo sexual.
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