Em todo Estado, 178 pessoas já registraram boletim de ocorrência por clonagem do aplicativo de conversa Whats App. Desses casos, 172 são de moradores de Campo Grande que denunciam pedido de dinheiro a seus contatos como sendo o foco do golpe.

E ao que tudo indica, os golpistas têm se aperfeiçoado, já que segundo a jornalista Rosana Siqueira, vítima dos bandidos nesta tarde, eles conseguiram invadir seu aplicativo de mensagens usando nome de pessoa que foi entrevistada por ela recentemente.

“Eles ligaram dizendo que eram de uma empresa de São Paulo que estava organizando evento de lançamento de livro para o Henrique de Medeiros, para agosto. Eu entrevistei ele esses dias, por isso acabei acreditando”, conta.

A jornalista diz ainda que enviaram a ela um código de verificação, pelo próprio Whats App, para que confirmasse presença no suposto evento de agosto “e acabei clicando e na hora já mudou todo meu Whats”.

Até onde ela já descobriu, uma pessoas de seus contatos já passou R$ 1,4 mil para os golpistas e ainda hoje, ela vai registar o caso na polícia. Ela informou que já têm dados e alguns prints de tela que indicam quem podem ser os autores do golpe.

Além de Campo Grande, vítimas registraram casos semelhantes em Dourados (5) e Três Lagoas (1). O Campo Grande News já fez matérias sobre isso e até mesmo vereador da Capital foi vítima da farsa. Leia mais aqui e aqui.

O que fazer se cair no golpe - Segundo o delegado João Eduardo Davanço, titular das DEPACs (Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário) de Campo Grande, a primeira coisa a fazer ao identificar clonagem do aplicativo de mensagens, é dar um jeito de avisar todos os contatos sobre o golpe.

Em seguida, deve-se registrar boletim de ocorrência e apresentar todos os dados disponíveis sobre o caso. Equipe de suporte do aplicativo também deve ser acionada atavés de encaminhamento de e-mail para support@whatsapp.com, com assunto "URGENTE - WHATSAPP HACKEADO", com pedido para que a conta seja desativada e informe seu número de telefone com o código do páis. No caso do Brasi, é 55.

Depois disso, o passo seguinte é tentar reinstalar o aplicativo em seu celular e reinsira seu número de telefone. Caso não consiga, "digite códigos errados até bloquear a conta".

O delegado ainda orienta que ninguém forneça, nunca, códigos SMS a terceiros e habilite a verificação em duas etapas, prevista no app, para dar mais segurança à conta. Por fim, o delegado afirma a sempre desconfiar de ligações de números desconhecidos.