EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Vale a pena ter carro? Brasileiros avaliam custo de trocar carro por táxi ou Uber

De calculadora na mão, muitas famílias avaliam qual é a escolha mais barata: ter um carro ou andar de táxi ou Uber? A resposta é "depende". Segundo especialistas ouvidos pelo G1, o transporte mais econômico muda de acordo com a distância que cada um percorre no seu dia a dia.

Antes de tudo, é preciso mensurar os custos de ter um carro, explicam os especialistas. Entram nessa conta as despesas de manutenção, impostos, seguro, estacionamento, multas eventuais e combustível. Também deve ser considerada a depreciação do próprio carro - ou seja, quanto ele se desvaloriza todo ano - e o quanto o dono do do veículo deixa de ganhar com aplicações financeiras.

Os gastos com Uber ou táxi podem ser calculados somando quanto custa, em média, a corrida nos principais trajetos percorridos pelo usuário: de casa para o trabalho, para o restaurante preferido, academia, casa de amigos e familiares, por exemplo.

Em geral, o custo do carro compensa em relação aos gastos com Uber ou táxi para pessoas que trabalham em bairros muito distantes de onde moram. "O quilômetro rodado do Uber ou táxi é maior para eles. Quando maior a quilometragem, maior essa diferença", explica o educador financeiro Décio Kimura, do site Minhas Economias. Já para quem faz pequenas distâncias, sai mais barato andar de táxi ou Uber todos os dias do que manter um carro, explica Kimura.

Economia de R$ 11 mil A cientista de dados Aline Oracic Moraes, de 26 anos, e o marido Marcos Moraes, de 37 anos, decidiram se desfazer de um dos carros do casal logo que se casaram, há 1 ano e meio. Antes de bater o martelo, eles calcularam qual seria a economia com a venda do carro: R$ 11 mil no ano.

"Tínhamos dois carros quando ainda não morávamos juntos e desde que nos casamos optamos por ter um carro só. Primeiramente por causa do gasto. Manter dois carros é bem caro. Segundo porque o Marcos precisa de carro para o trabalho apenas 2 vezes na semana. Aí sim o Uber fica mais barato", conta Aline. Ela não abre mão de ter um carro. "O principal motivo é a comodidade que ele proporciona. Além de mais confortável, eu tenho total liberdade de sair do trabalho e ir pra qualquer lugar que eu queira e precise", conta.

Sem carro

O casal de comerciantes Ana Conti, de 37 anos, e Ricardo Soares dos Santos, de 40, decidiram abandonar definitivamente o carro. Os dois são donos de um café no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, e moram na mesma rua do trabalho. O carro deles servia apenas para passear e ir a locais próximos, como supermercados e shopping. Agora, esses trajetos são feitos de Uber ou táxi.

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