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Em meio ao burburinho das crianças que tentavam conseguir um autógrafo, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, conversou com o Terra durante visita à escolinha de futebol Carlos Oliveira Soccer Academy, em Nova York, e tentou desfazer o que considerou um mal-entendido sobre suas declarações durante os protestos de junho no Brasil.
“Vamos ver se a gente deixa os protestos para depois da Copa e não vamos atrapalhar este momento importante de promover o Brasil”, afirmou o ex-camisa 10, com exclusividade.
Mancando um pouco no gramado do Riverside Park, Pelé falou também da recuperação da cirurgia feita no quadril em novembro e comentou a chegada de Neymar ao Barcelona, afirmando que ele ainda precisa de tempo para se adaptar ao futebol europeu.
Terra - O senhor acha que os protestos durante a Copa das Confederações prejudicaram a imagem do Brasil em relação à Copa de 2014?
Pelé - Então, inclusive houve um mal-entendido sobre o que eu falei. Nós lutamos na Fifa para ter os direitos da Copa do Mundo e conseguimos. Os protestos não eram contra o futebol, claro. Eram contra os políticos, contra os governantes, mas o futebol, que sempre enalteceu o Brasil, estava sendo prejudicado. Jogadores estavam sendo vaiados. Pedi ao povo que poupasse os jogadores e não fui bem entendido. Hoje, faltando dez meses para a Copa do Mundo, por exemplo, eu digo que nós temos a oportunidade de trazer turistas, de fazer uma boa apresentação do nosso Brasil, e os estádios, superfaturados ou não, com roubo ou não, já estão praticamente prontos. Então não podemos quebrar tudo de novo, não é? Vamos ver se deixamos para fazer os protestos depois da Copa do Mundo e não vamos atrapalhar este momento importante de promover o Brasil e ganhar dinheiro, porque isso gera turismo. Essa é a minha mensagem. Por isso que eu lamento aqueles que não entenderam o que eu tinha pedido. Os jogadores não tinham nada a ver com isso.
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