Etienne Biasotto, vencedor da consulta prévia para reitor da UFGD juntamente com Claudia Lima, como vice-reitora, disse que atuará juntamente com representantes políticos e de Universidades para buscar mais recursos à instituição. A declaração foi dada por ele ao Dourados News, durante entrevista na tarde desta quarta-feira (13).
O resultado da votação foi publicado pela Comissão de Consulta Prévia, nesta terça-feira (13).
A Chapa 1 foi a mais votada, com 29,83% do total e obteve 251 votos de docentes, 186 votos de técnicos administrativos e 2.386 votos de estudantes.
Sobre o resultado, os vencedores foram enfáticos “tivemos uma boa receptividade por onde passamos e ficamos felizes por isso ter se refletido nos votos”.
Biasotto comentou algumas dificuldades percebidas em contato com profissionais e alunos, entre estas transporte público precário e poucas opções em restaurantes/ lanchonetes, sendo que atualmente a UFGD conta apenas com o Restaurante Universitário.
“O transporte público por exemplo, não é da autonomia da universidade, mas é do município e, cabe ao gestor da universidade participar junto a prefeitura para conseguirmos melhorar esse serviço. Não temos opções para a alimentação na UFGD, precisa-se avançar com a construção de quiosques alimentícios”, disse.
Nesse ponto, Cláudia apontou ainda que os acadêmicos precisam aguardar em fila, por cerca de 30 minutos para conseguir se servir no Restaurante Universitário.
Sobre os recursos para manutenção e investimentos na universidade, Biasotto apontou que o orçamento atual é de aproximadamente R$ 230 mi, do qual R$ 60 mi é de custeio e investimento e o restante é aplicado em folha de pagamento.
“A Lei orçamentária anual tem se mantido com o valor da folha de pagamento de servidores e recursos de custeio e de investimento tem diminuído, o que não pode acontecer, pois existem necessidades”, apontou.
O “congelamento” de recursos para as universidades federais ocorrido quando Michel Temer assumiu a presidência em 2015 é criticado por ele. O impacto tem sido sentido em infraestrutura e mão de obra.
“Não foram cumpridos os pactos com as universidades desde o Governo Temer. Precisamos avançar na construção de alguns laboratórios, pois em especial, temos cursos que foram inclusos recentemente como Química, Matemática e Física, Engenharia da Computação, Civil, Mecânica e de Aquicultura que precisam de investimentos, bem como a ampliação de alunos no curso de medicina”, citou.
Questionado em como autuar para conseguir trazer mais recursos para à instituição, ele acredita que a estratégia é buscar parcerias.
“Precisamos construir relações com todos os reitores das universidades federais, todos os ministros, deputados e senadores que representam Mato Grosso do Sul e construir essa força para poder trazer recurso para nossa universidade”, pontuou.
A chapa deverá indicar um nome para compor a lista tríplice que será encaminhada ao Ministério da Educação, documento que orienta o Governo Federal na nomeação dos novos dirigentes da Universidade.
A partir de então, se aguardará a nomeação dos representantes feita pelo MEC.
Biasotto disse acreditar que não ocorrerão impedimentos para sua nomeação e, quando questionado sobre acreditar se haverá alguma negativa por questões ideológicas, também sinalizou negativas.
“Se vier acontecer barreira por “questões ideológicas”, acaba por ser um rompimento da constituição federal e da autonomia universitária, e nós vimos o nosso presidente defender essas questões e acreditamos que ele vai respeitar. Qualquer coisa diferente disso é intervenção e golpe, e nós não aceitamos isso”, ponderou.
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