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Vereador é acusado de integrar bando armado que atacou policiais

Policiais paraguaios durante buscas à quadrilha, nesta terça-feira - Crédito: (Divulgação) Policiais paraguaios durante buscas à quadrilha, nesta terça-feira - Crédito: (Divulgação)

Juan Antonio Villalba, vereador do distrito de Yby Pitã, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, é acusado de fazer parte da gangue de 50 homens armados que atacou seis policiais paraguaios, no último domingo, dia 03 de setembro. Ele seria ligado ao chefe da quadrilha, o narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, um dos cinco bandidos mais procurados do País vizinho.

Segundo o Ministério Público do Paraguai, o político e o próprio narcotraficante estariam entre o grupo que expulsou os policiais a tiros de área usada por “Macho” para cultivo de maconha. Segundo o site Campo Grande News, um dos policiais levou um tiro na mão esquerda.

Eles contaram que ao serem descobertos na região dominada pelo traficante, o vereador e alguns seguranças os abordaram e mandaram que saíssem do local. Houve discussão e logo em seguida o vereador voltou acompanhado de Felipe Riveros e dezenas de homens armados, ocupando caminhonetes.

No estilo dos carteis mexicanos, os bandidos abriram fogo contra os policiais e os obrigaram a fugir. A polícia paraguaia suspeita que os agentes foram ao local para extorquir dinheiro de “Macho”, foragido da Justiça há seis anos.

Desde ontem à tarde, pelo menos 150 policiais de grupos táticos da Polícia Nacional estão na região à procura da quadrilha de “Macho”. Hoje cedo, a força-tarefa chegou a uma das propriedades e encontrou grande quantidade de maconha.

Yby Pitã fica no departamento (equivalente a estado) de Canindeyú, na faixa de fronteira com os municípios de Sete Quedas e Paranhos. O local do ataque fica na Colônia Britez Cue.

Condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de um pecuarista em 2005, “Macho” está foragido desde 2017 após ser beneficiado com prisão domiciliar por recomendação médica. Segundo a polícia, ele comanda o tráfico de drogas na região e utiliza mão de obra indígena para cultivar maconha.

“Macho” espalhou notícia na região que seria “intocável” porque tem todos os policiais do departamento em sua folha de pagamento. Após o ataque, o chefe de Investigações, comissário Reinaldo Delgado Arce, e o diretor da Polícia Nacional em Canindeyú, Victor Tandi Vargas, foram destituídos dos cargos. 

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