O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Dourados voltou a reforçar à população para que procure colaborar mais no combate a possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, que tem feito vítimas na cidade e região.
Na madrugada desta sexta-feira (22/3), menino de 11 anos acabou morrendo em decorrência da dengue, o primeiro óbito no município. Já no Estado agora são cinco.
De acordo com a coordenadora do Centro, Rosana Alexandre da Silva, a situação é preocupante, considerando o número de casos positivos de dengue, principalmente, no município: 224 até quinta-feira (21).
Segundo ela, somente neste ano, até o dia 21 de março, foram notificados 513 casos de dengue em Dourados, sendo 224 confirmados como positivos e 138 negativos. Em relação à chikungunya foram 33 notificações, com sete casos positivos para a doença. Já em relação à zika não há registro de casos em Dourados, apenas quatro notificações.
“São números que preocupam, pois os casos têm aumentado, inclusive com um óbito registrado, infelizmente. O município, por meio dos agentes, tem feito a sua parte. As visitas domiciliares são intensificadas, no entanto, o poder público sozinho não está conseguindo vencer o mosquito. É preciso que a população colabore mais, mantendo seus quintais livres de focos”, pediu Rosana.
“Que a morte do jovem não seja em vão. Lamentavelmente ocorreu um óbito. Que esse triste fato relembre as pessoas de que todo cuidado é pouco, que é preciso vigiar, todos os dias, e eliminar toda situação favorável para a proliferação do mosquito”, assinala.
A planilha de notificações para bloqueio da dengue revela que na região do Parque das Nações II foi confirmado maior número de casos positivos de dengue: 26. O Jardim Água Boa contou com 20 casos e o BNH 4º Plano, 16. Na aldeia Jaguapiru foram 12 casos positivos de dengue e Jardim dos Estados e Campo Dourado, com 10 cada.
“Em todas as regiões da cidade há infestação. Temos que reforçar a vigilância e para isso contamos com o apoio dos moradores”, reforça a coordenadora do CCZ.
Rosana conta que os agentes de endemias estão trabalhando em regime de plantão noturno, finais de semana e feriados. “É um trabalho intenso, que não para. Todo o dia estamos presentes, fiscalizando, orientando a população, repetindo sempre que cada um deve fazer a sua parte, mantendo limpos seus quintais e terrenos baldios”, diz.
Populares também podem contribuir por meio de denúncia anônima sobre a existência de eventuais focos ou ambientes favoráveis em imóveis do município para a proliferação do Aedes aegipty. O telefone do CCZ é 3411-7753.
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