O Dia Nacional do ciclista comemorado na ultima quarta-feira (19) marca, sobretudo, a luta contra a violência no trânsito. A data foi instituída em 2006, para homenagear o ciclista Pedro Davison, que faleceu no dia 9 de agosto do mesmo ano, após ser atropelado por um motorista embriagado, enquanto pedalava no Eixão Sul em Brasília.
Segundo a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), durante os primeiros meses de pandemia do coronavírus, houve aumento de 50% nas vendas do bikes em maio, em comparação com o mesmo período de 2019. Para o professor, geógrafo e integrante do grupo de Estudos de Geografia Transportes e Mobilidade da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Vinicius Druciaki, apesar do número de ciclistas estar crescendo, a cultura da bicicleta não vem aumentando na mesma proporção.
“É preciso que todas as áreas da sociedade tenham interesse, inclusive as pessoas que não andam de bicicleta, o poder público para investir na infraestrutura e também os comerciantes para preparar uma estrutura adequada para que as pessoas possam chegar de bicicleta aos comércios”, explicou Druciaki.
De acordo com o professor, a discussão sobre mobilidade não diz respeito apenas a uma ação, mas um conjunto de atitudes que impactam toda a cidade e a prática do ciclismo é uma delas.
“A cultura da bicicleta não vai resolver todos os problemas de locomoção, mas vai amenizar e trazer benefícios para a sociedade como um todo”, afirmou.
Para Vinicius Druciaki, este é um bom momento para cobrar, de forma mais incisiva sobre a cultura da bicicleta, no aspecto da infraestrutura, por ser um ano de eleições municipais.
“Essa é a hora perfeita para cobrar o investimento em ciclovias seguras, pois isso é de dever também do município”, esclareceu.
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