Roseane Peixoto, 28, acusada pela morte da sobrinha de três anos junto do marido, Vanilson Espíndola Agueiro, 28, foi encaminhada no início da madrugada desta terça-feira (2) para o presídio feminino de Corumbá. Na sexta, ela seria levada até Jatei, porém, permaneceu no 1º Distrito Policial de Dourados em cela isolada.
Na noite de quinta-feira, Roseane e Vanilson foram presos em flagrante por tortura seguida de morte e estupro de vulnerável. O rapaz foi encaminhado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Eles são acusados de abusar sexualmente e torturar até a morte a sobrinha, uma menina de três anos de idade na aldeia Bororó, Reserva Indígena de Dourados.
O fato veio a público na noite de quinta, após a criança ser internada no Hospital da Vida depois de receber atendimento no Hospital da Missão Caiuá. Antes, uma agente de saúde encontrou a vítima na casa do casal.
As verificações que já haviam sido feitas na criança através de perícia na quinta-feira, constataram que ela sofreu agressões e também que houve abuso sexual tanto vaginal quanto anal, pelas lesões encontradas nos órgãos genitais.
Foi confirmada uma lesão na cabeça da menina que supostamente teria sido feita por agressão e há suspeita de fratura no maxilar.
Também havia fraturas na perna da criança, localizadas na canela. No entanto, não há confirmações de que estas teriam sido fruto de agressão. Isso porque a suspeita relata que a fratura na perna teria sido ocasionada um acidente de bicicleta, fato que foi confirmado pela filha dela mais velha de oito anos de idade, que é prima da criança morta e morava na mesma casa. O acidente com o veículo teria ocorrido no domingo.
Os investigadores recolheram ainda na casa onde morava a família objetos que podem ter sido usados para tortura e vão passar por perícia. Um deles é uma escova, que a tia teria usado para "lavar" a criança, que ficava muito suja após urinar e defecar nas calças.
Eles são acusados de tortura seguida de morte, com o agravamento de que se trata de uma criança, além de estupro de vulnerável.
Se forem condenados, podem pegar de oito e 16 anos de prisão pelo crime de tortura, podendo se estendido por se tratar de criança. Além disso, podem ser acrescidos mais oito a 15 anos de reclusão pelo crime de estupro.
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