G1 MS
A operadora de telemarketing Katiúscia Rosa Vieira, 31 anos, estava trabalhando no momento em que a cunhada ligou e avisou que a filha de 15 anos havia se envolvido em uma briga na rua da escola em que estuda, em Campo Grande, e estava esfaqueada. Isso, por volta das 11h30 (de MS) de quarta-feira (11). Três horas depois, a família soube da morte da adolescente. “Ela já tinha intenção de matar. Sabia onde estava machucando”, fala a mulher sobre uma das suspeitas de matar sua filha.
A briga ocorreu na rua da Escola Estadual José Ferreira Barbosa, na Vila Bordon, dez minutos após o fim das aulas do período matutino. Luana Vieira Gregório era aluna do 9º ano e uma das suspeitas, de 16 anos, também. A outra é maior de idade e não estuda no colégio.
Segundo a Polícia Militar (PM), a suspeita, de 16 anos, teria começado a briga alegando que Luana estava com um perfume que causava alergia a ela. Funcionários e moradores da rua tentaram dar fim à confusão que envolveu cerca de 20 pessoas e só acabou com as garotas feridas.
O Corpo de Bombeiros foi até o local, mas a adolescente já tinha sido levada por familiares para uma Unidade de Pronto Atendimento. “Minha cunhada e o carro dela ficaram cheios de sangue”, fala Katiúscia. Devido à gravidade dos ferimentos, ela foi transferida por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa de Campo Grande.
De acordo com Katiúscia, a menina teve duas paradas cardíacas no caminho para o hospital, onde chegou e foi encaminhada diretamente ao centro cirúrgico. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a facada atingiu o fígado de Luana. Uma outra garota também ficou ferida e era amiga de Luana. Ela foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento. “Só Deus mesmo”, declara Katiuscia.
Amiga da família, Lucineide Lima Ribeiro, 40 anos, diz que Luana é mãe de uma menina que faz um ano nesta quinta-feira (12) e que estava tudo preparado para a festa de aniversário da criança.
Reincidência
Segundo Katiúscia, uma das suspeitas já havia brigado com Luana no ano passado em um terminal de transbordo urbano. “A gente não registrou boletim de ocorrência porque não machucou”, explica a telemarketing.
A mãe conta que por causa da confusão, trocou a filha de escola para evitar que ela se encontrasse com a suspeita. Mas, como elas moram na mesma região, encontraram-se na quarta.
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