A menina de dois anos assassinada no domingo (24) foi torturada e, gravemente ferida, arremessada nos pés da mãe. A informação é do delegado responsável pelas investigações Carlos Eduardo Trevelin Millan. O crime ocorreu no assentamento Santa Lúcia, em Sidrolândia e o namorado da mãe da vítima, Odilo Antônio Wagner, de 33 anos, foi preso em flagrante.

De acordo com informações do delegado, ao contrário do que foi anunciado anteriormente, a criança, de nome Elaine Cabreira, não morreu em decorrência de pancadas na parede e, sim, no chão.

“Em depoimento, a mãe disse que estava na sala com o namorado e outro filho de oito anos. Por volta das 20h, Odilo se levantou e disse que iria dormir porque estava muito cansado. A casa é pequena e todos dormiriam no mesmo quarto, por isso foi deitar onde a criança já dormia. Segundo a mãe, cerca de meia hora depois ela ouviu barulho de pancada, com se algo tivesse caído no chão. Foi ao quarto e encontrou a menina sendo segurada pelas pernas e Odilo batendo a cabeça dela contra o chão”, relatou a autoridade.

Ainda segundo Carlos Eduardo, a mãe, identificada como Elcida Ferreira Ribeiro, 35 anos, disse que foram dois golpes. Na sequência, o agressor arremessou a menina nos pés dela, que, em estado de choque, viu a filha ser agredida da porta.

Imediatamente, Elcida saiu com a filha no colo em busca de socorro e foi levada ao hospital por um vizinho, mas a criança chegou morta.

Ainda de acordo com o delegado, a mulher contou que namorava o homem havia dois meses e que não era rotina ele dormir no imóvel. Odilo trabalhava como montador de estrutura metálica, em Maracaju, e aos finais semana ia visitá-la, contudo essa teria sido a segunda vez que pernoitava no local.

PRISÃO
Odilo tentou fugir, mas foi preso horas depois por policiais militares em rondas pela cidade. Ele também prestou depoimento à polícia e confessou ter agredido a menina, mas não soube explicar o que o motivou a cometer o crime. “Disse que acordou assustado e partiu para cima dela”, pontuou a autoridade policial.

O criminoso foi preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil. O delegado Carlos Eduardo encaminhou à Justiça pedido de prisão preventiva, assim como da transferência para do preso ao sistema prisional, já que não há suporte necessário para mantê-lo na delegacia.