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A vereadora Juliana Zorzo (PSC) não aparenta preocupação com a possível volta de Herculano Borges, agora no Solidariedade, para a Câmara de Campo Grande. Os comentários de que o vereador pode voltar em breve surgiu depois que ele saiu do PSC para poder apoiar o PMDB em 2014.

O PSC tem Pedro Chaves como suplente de Delcídio do Amaral (PT) e pode ganhar um senador se o petista for eleito. Assim, já tem compromisso firmado com o provável adversário do PMDB. O compromisso do PSC com Delcídio obrigou Herculano a sair do partido e ingressar no Solidariedade, em gratidão ao espaço dado pelo governador André Puccinelli (PMDB) a ele no posto de Secretário da Juventude.

Nos últimos dias, após o fechamento da janela para mudança de partido e com a permanência de Juliana no PSC, aumentou-se a especulação de que Puccinelli pode tirar Juliana da Câmara para colocar Herculano, pré-candidato a vaga de deputado estadual. Ele também seria mais um voto declarado da oposição a Alcides Bernal (PP) na Câmara, já que Juliana atua de maneira mais independente.

“Não estou sabendo. Não fui comunicada ainda. Se tiver que estar aqui, vou estar. Gosto de ser vereadora, mas entrei aqui por uma situação e se sair vou continuar trabalhando da mesma forma. A decisão não é minha”, declarou Juliana.

O secretário Herculano Borges confirma que já ouviu comentários sobre a possibilidade de voltar, mas garante que ninguém falou com ele oficialmente. “O povo fala muita coisa. Mas, eu não fui informado. Acho que isso não vai acontecer”, opinou.

Esta não é a primeira vez que um suplente sofre com ameaças de perda de mandato depois que o partido se afasta de Puccinelli. O deputado Rinaldo Modesto (PSDB), suplente de Carlos Marun (PMDB), sofreu várias ameaças depois que o PSDB resolveu lançar candidatura própria em Campo Grande.